3 resultados para cativeiro

em Instituto Politécnico de Leiria


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O hobby da aquariofilia é uma das atrações mais populares, representando uma grande oportunidade de crescimento económico para a aquacultura ornamental, bem como uma contribuição para a sustentabilidade dos stocks naturais das várias espécies cultivadas (Wabnitz et al., 2003). O peixe-palhaço, Amphiprion percula, é uma espécie de elevado valor comercial, devido à sua coloração laranja intensa e comportamento de simbiose interessante com várias espécies de anémonas, sendo uma espécie chave para a aquacultura ornamental (Madhu et al., 2006). Juvenis de A. percula foram expostos a três novas formulações de dietas, contendo diferentes suplementos, com o objetivo de avaliar o seu efeito no crescimento, sobrevivência e alterações na pigmentação dos indivíduos. As dietas eram suplementadas com copépodes, Chlorella e uma mistura das duas anteriores, sendo usada como controlo uma formulação comercial. Peixes-palhaço com peso médio de 0,13±0,06g foram mantidos em sistema RAS, composto por 12 aquários de 40L e foram alimentados com as dietas experimentais até à saciedade, três vezes ao dia, durante 93 dias. No final do ensaio foram expostos a pesagem e medição para avaliação do seu crescimento. Três indivíduos de cada aquário foram retirados para análise da pigmentação da pele através de espectrofotometria, e fotografias tiradas ao longo do ensaio foram analisadas através do modelo HSB (Matiz-Saturação-Brilho). Embora todas as dietas tenham demonstrado eficácia em promover crescimento e sobrevivência nos juvenis de A. percula, a suplementação com copépodes parece ser a mais eficaz para um rápido crescimento e aumento da pigmentação laranja na pele dos peixes. A melhoria destes aspetos é bastante importante, não só porque permite acelerar a produção em larga escala de indivíduos em cativeiro, nunca esquecendo o seu bem-estar, bem como a melhoria da pigmentação que os torna mais desejados, evitando a sobre exploração dos stocks de indivíduos selvagens.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Estima-se que menos de 10% dos animais marinhos comercializados para fins ornamentais sejam originários de produção em aquacultura. O desenvolvimento de “hatchery’s” de peixes de recife são essenciais para uma reprodução em cativeiro, confiável e sustentável, para que seja possível reduzir a pressão sobre as populações selvagens. O principal entrave à aquacultura ornamental marinha é a criação de larvas, devido à dificuldade em obter um alimento vivo, uma vez que, estas são muito pequenas quando eclodem. Rotíferos e artémia são as presas vivas mais utilizados na produção de peixes marinhos, mas não são utilizadas para larvas de peixes ornamentais devido à sua dimensão. Recentemente, os ciliados Euplotes sp. surgiram como uma potencial presa viva estas para larvas, devido ao seu pequeno tamanho, podem preencher a lacuna existente entre a primeira alimentação e a aceitação de rotíferos ou náuplios de copépodes. O presente trabalho teve como objetivo otimizar as condições de cultivo quer de alimentação (melhor alimentação, frequência e quantidade), fotoperíodo, salinidade e temperatura para a produção em massa de Euplotes sp.. Os principais resultados mostraram que as culturas de Euplotes sp. podem alcançar o seu crescimento ótimo com o fornecimento de 0,25 g/L de levedura de padeiro (S.cereviviae) a cada três dias, salinidade 30, 28ºC de temperatura, fotoperíodo de 12hLuz:12hEscuro, com arejamento constante. Neste momento, o conhecimento sobre a produção em escala de ciliados é muito reduzido e este estudo veio fornecer, pela primeira vez, informações técnicas sobre as condições ideais para a produção em escala deste potencial alimento de larvas de peixes marinhos ornamentais.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O hobby da aquariofilia é praticado por milhões de pessoas em todo o mundo, gerando um mercado muito lucrativo. Devido aos efeitos negativos que se abatem sobre os ecossistemas naturais, surgiu a aquacultura como alternativa às capturas de organismos selvagens. Os organismos produzidos em cativeiro têm uma qualidade superior e encontram-se melhor adaptados a viver neste meio, comparativamente aos selvagens. Atualmente, poucas são as espécies transacionadas no mercado de organismos ornamentais provenientes de produção em cativeiro, sendo necessário recorrer às zonas de recife de coral para suprimir as necessidades. A AQUASPROSEA, Lda nasceu a partir de uma incubadora de Startups e encontra-se localizada no Santuário Nossa Senhora dos Remédios, em Peniche. Dedica-se à produção de organismos de água salgada para fins ornamentais, comercializando juvenis de várias espécies de peixe e uma espécie de medusa. Tem como missão promover um mercado sustentável de produção de organismos ornamentais para o hobby da aquariofilia. O presente relatório de estágio curricular foi realizado para completar o 2º ano do Mestrado em Aquacultura, da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche – Instituto Politécnico de Leiria. O objetivo do estágio, na empresa AQUASPROSEA, Lda, centrou-se no contacto com a realidade empresarial na área da aquacultura, integrando as rotinas da unidade de produção. O estágio iniciou-se a 1 de outubro de 2015 e terminou a 31 de julho de 2016 tendo sido comprido um horário laboral de 8h diárias. Durante o período de estágio realizaram-se várias tarefas, nomeadamente: a montagem de sistemas de produção; a manutenção de sistemas e de culturas de rotíferos e artémia; a adaptação de protocolos de produção a novas espécies; a preparação e o embalamento de peixes ornamentais e a otimização do processo de transporte. O estágio permitiu consolidar conhecimentos adquiridos durante a formação académica, aquisição de novos conhecimentos sobre a realidade empresarial e novos organismos bem como uma visão alargada do mercado de trabalho no que respeita à aquacultura, nomeadamente às suas rotinas e às suas exigências diárias