2 resultados para Sociedades Amigos de Bairro (SABs)
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
Neste estudo, vamos analisar o impacto do excesso de tesouraria no valor da empresa e a influência que tem o governo das sociedades neste processo. Para o efeito, foi usada uma amostra de 165 empresas pertencentes aos principais índices europeus. Foi utilizada uma metodologia em 2 estágios. No primeiro estágio, a partir de uma amostra de 293 empresas, analisou-se as que detinham excesso de tesouraria positivo. No segundo estágio, com recurso ao índice ISQ, analisou-se o impacto do governo das sociedades no valor das empresas e no valor do excesso de tesouraria. Contrariamente às evidências noutros contextos geográficos, não se encontrou evidência estatística significativa de o governo das sociedades afete o valor inerente ao excesso de tesouraria.
Resumo:
A reabilitação urbana do património arquitetónico e monumental em bairros históricos tende a propiciar a disputa na utilização/apropriação dos “novos” espaços daí resultantes, não só por novos moradores, normalmente de classes sociais mais abastadas, fenómeno a que se dá o nome de gentrificação, mas também por novos comerciantes, mais especializados na oferta. Surgem, assim, novos espaços de residência, lazer, entretenimento e cultura, entre outros. Paradoxalmente, conforme observado na cidade de Lisboa, a mesma governação local de reabilitação urbana suscita ambivalências, resgatando e promovendo, por um lado, identidades e valores que caracterizam objetivamente a tradição e a História num regime de reciprocidade com os habitantes locais, e, por outro lado, transformando espaços onde os valores identitários se assumem numa função comercial sem correspondência nas expectativas das gentes locais nem coerência com a autenticidade objetiva dos respetivos espaços. Enquanto no Bairro Alto permitiu-se aos investidores a decisão na apropriação e utilização do espaço, gerando-se conflitos entre novos e velhos utilizadores do bairro, assumindo-se a oferta turística como espaço de animação noturna centrada num espaço público de boémia, no consumo de álcool e num ambiente de festa permanente, na Mouraria, registou-se um processo de governação integrada com a mobilização da população residente e forças ativas do bairro, gerando-se sinergias propiciadoras de uma reabilitação urbana defensora da mobilização das estruturas identitárias do bairro, promovendo estilos de vida tradicionais e resgatando o seu imaginário coletivo assente nos seus próprios sistemas de valores. Na Mouraria, observa-se um Turismo comunitário, envolvendo gentes locais, que, apropriando-se do seu espaço turístico o projetam no pressuposto de consubstanciar o seu património numa experiência turística diferenciada.