2 resultados para Sistemas de Informação Hospitalar
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
Tem-se verificado um crescente aumento da esperança média de vida e paralelamente um crescente aumento no número de doentes internados. Esta situação alerta-nos para o fato de que os sistemas de informação têm de acompanhar esta evolução, para assim adquirirem sensibilidade na tomada de decisões, quando confrontados com realidades de negócio. Outro fator relevante é que as clínicas e hospitais necessitam de sistemas de informação inovadores e economicamente fiáveis para o controlo de custos e ganhos. O projeto consistiu no desenvolvimento de um módulo designado de Gestão Hospitalar NAV para Internamento, no âmbito da área de negócio da Saúde, desenvolvido em Microsoft Dynamics NAV (MS Dynamics NAV). Sendo o MS Dynamics NAV bastante versátil, verificou-se que é possível acrescentar funcionalidades para adaptar o sistema standard às necessidades do negócio, neste caso específico do internamento na área da saúde com foco no processo administrativo e alguns processos do corpo clínico. Este módulo da Gestão Hospitalar NAV para internamento vai permitir que o administrativo possa registar novos doentes, que efetue admissões de internamento e possa gerir alguns processos do doente durante o seu internamento até ao momento da alta, como por exemplo a gestão de camas, registos de visitas aos doentes e a faturação. Neste módulo também é disponibilizado a gestão de armazém; este processo permite fazer as compras aos fornecedores para repor stocks em falta e repor o stock em falta nos pisos de internamento. Como complemento, este módulo vai permitir ao médico inserir registos clínicos aos doentes internados e dar a alta médica, para assim fechar o processo do doente no internamento.
Resumo:
O uso das tecnologias de informação e comunicação em Portugal na área médica tem tido um grande aumento nas últimas décadas. Tal pode constatar-se a vários níveis, como sejam a implementação crescente e em larga escala de sistemas de informação em hospitais e centros de saúde, o desenvolvimento de aplicações para auxiliar a análise dos principais meios complementares de diagnóstico, a receita eletrónica e o registo de paciente eletrónico, apenas para citar alguns exemplos. A procura crescente de profissionais de saúde de várias especialidades tem tido um aumento considerável nos últimos anos. Por um lado, a população está cada vez mais envelhecida, por via do aumento da esperança média de vida. Por outro lado tem aumentado a preocupação com a saúde e o bem estar próprio dos cidadãos, levando-os a recorrer mais vezes e a mais especialidades do que no passado. O êxodo da população do interior do país para os grandes centros no litoral, complementado pelas políticas orçamentais restritivas na área da saúde, tem acentuado as diferenças de prestação de cuidados de saúde a toda a população do país, de forma equitativa e eficaz. Para tal tem ainda contribuído o emagrecimento dos orçamentos dos hospitais e a pressão para que estes cumpram as metas de produtividade definidas, com custos cada vez mais reduzidos. Um dos contributos das tecnologias de informação para mitigar o afastamento entre o paciente e os profissionais de saúde, consiste na implementação de soluções de consulta "à distância", com a utilização de vídeo e voz, através de aplicações de telemedicina. Ao nível da teleconsulta e da telemedicina têm existido alguns avanços significativos, sendo possível encontrar alguns casos de sucesso na utilização destes meios para facilitar o acesso generalizado de toda a população a cuidados médicos de saúde. Constata-se contudo que as aplicações usadas são geralmente proprietárias, carecem de instalação de software específico, muitas vezes proprietário e por vezes com custos para as entidades que disponibilizam o serviço. Por exemplo, a utilização de uma ligação por Skype para uma teleconsulta obriga a que a aplicação esteja instalada em ambos os computadores (médico e paciente). Nesta dissertação apresenta-se uma solução de telemedicina baseada na Application Programming Interface (API) Web Real-Time Comunication (WebRTC), que permite o envio de voz e imagem entre dois browsers usando os protocolos de comunicação na Web. Além do vídeo e da voz foram integrados na aplicação duas funcionalidades particularmente interessantes numa teleconsulta: envio bidirecional de ficheiros (por exemplo, ficheiro PDF com o resultado das últimas análise que o paciente realizou) e desenho num "quadro branco", permitindo ao paciente ou ao médico ilustrarem de forma livre algum aspeto associado à consulta em causa. A aplicação utiliza exclusivamente componentes de software opensource e apenas necessita que ambos os computadores tenham instalado um browser de acesso à Web que suporte a comunicação por WebRTC, como o Google Chrome ou o Firefox. Pretende-se desta forma facilitar o acesso aos serviços de telemedicina evitando a instalação e configuração de software específico, bem como reduzir os custos através de soluções opensource com licença General Public License (GPL) e isenta de custos. Foram realizados alguns testes de aceitação da solução, em ambiente hospitalar. Genericamente, pretendeu-se validar o funcionamento da API WebRTC, aferir sobre a aceitação das funcionalidades implementadas e identificar obstáculos técnicos à sua implementação na rede de um hospital ou centro de saúde. Embora tenham sido identificados alguns problemas na comunicação, resultantes maioritariamente do tipo de configurações da rede em que os computadores estavam instalados, os resultados globais obtidos são bastante promissores, dando-nos boas perspetivas quanto à sua implementação em ambiente de produção.