3 resultados para Sinalização

em Instituto Politécnico de Leiria


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As plantas são organismos sésseis, incapazes de se movimentar de modo a procurar melhores condições ambientais ou nutricionais. Desenvolveram, assim mecanismos que lhes permitem adaptar-se e sobreviver em condição de stress. O stress parece ser parcialmente descodificado num sinal de défice de energia que desencadeia uma resposta, que envolve a indução da expressão de genes relacionados com processos catabólicos e a repressão de genes envolvidos em processos anabólicos. As proteínas quinases e fosfatases desempenham um papel fundamental na regulação das vias de sinalização de stress e, em particular as quinases da superfamília das SnRK encontram-se envolvidas em vários processos da resposta a stress, principalmente abióticos. Enquanto as SnRK2 e SnRK3 estão sobretudo envolvidas na resposta a ABA e a stress hídrico e salino, as SnRK1 têm sido descritas como reguladores chave da resposta a défice energético. No entanto, um número crescente de estudos tem evidenciado a interligação entre estas duas vias de sinalização. Apesar da importância de SnRK1 na regulação da resposta ao stress e na regulação do crescimento e desenvolvimento em plantas, os mecanismos moleculares envolvidos são ainda pouco conhecidos. Com o objetivo de identificar proteínas que interagem com SnRK1 e que poderão estar envolvidas na sua via de sinalização, foi efetuado um rastreio, pelo método Y2H, utilizando uma biblioteca comercial normalizada construída a partir de mRNA extraído de onze tecidos de Arabidopsis. Foram identificadas 32 proteínas que potencialmente interagem com SnRK1.1, entre as quais MARD1 e NDF4. O estudo destas interações permitiu verificar que MARD1 medeia a interação entre SnRK1.1 e RAPTOR1B, sugerindo que, de forma semelhante à que ocorre em mamíferos, esta interação pode interligar a resposta ao défice energético envolvendo os complexos SnRK1 e TOR. Curiosamente, verificou-se que MARD1 medeia igualmente a interação entre SnRK1.1 e várias das MAPKs de Arabidopsis, o que poderá indicar que estas duas vias de sinalização estão igualmente interligadas. Foi também verificado que, no sistema de Y2H, SnRK1.1 interage, em alguns casos de forma depende de NDF4, com as proteínas DELLA, componentes essências da via de sinalização de giberelinas, o que pode sugerir uma interligação entre estas duas vias de sinalização e, desta forma, explicar parcialmente o papel de SnRK1 no crescimento e desenvolvimento das plantas. Um novo mecanismo de interligação entre as vias de sinalização de ABA e energia é sugerida pelos resultados obtidos em ensaios de Y2H mostrando que SnRK1.1 interage com SnRK2.3 e, pela observação de que em plantas que não expressam SnRK1.1/2, a expressão de genes de resposta a ABA é fortemente comprometida, sugerindo que SnRK1 poderá ativar as SnRK2 e, deste modo, ativar a resposta a ABA. No seu conjunto, estes dados evidenciam o papel de SnRK1 como regulador central da resposta ao défice energético em plantas e sugerem alguns dos mecanismos moleculares que poderão estar envidos, nomeadamente através da interação com várias outras vias de sinalização como o complexo TOR (interagindo com RAPTOR1B), as MAPKs, a via de sinalização de ABA (através da interação com SnRK2) e a via de sinalização de giberelinas (através da interação com proteínas DELLA).

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Durante o período de funcionamento de uma instalação eléctrica podem ocorrer várias anomalias. Enquanto muitas delas apenas são identificadas tardiamente, outras acabam por nunca serem identificadas como um potencial problema. A identificação atempada dessas anomalias permite a realização de um diagnóstico que leve à correcção das suas causas evitando assim os desperdícios e prejuízos inerentes. A identificação de um consumo anómalo pode ser realizada, de forma automática ou semi automática através de sistemas de apoio que permitam sinalizar falhas ou comportamentos anormais. O trabalho apresentado nesta dissertação pretende possibilitar esta sinalização apenas através da análise dos dados de consumo medidos em tempo real e comparados com dados históricos através de uma abordagem baseada em classificação, recorrendo a métodos de clustering. Foram testadas diferentes abordagens em três casos distintos, dois relativos a consumidores residenciais para os quais existiam registos de consumo durante um período alargado, e um relativo a uma instalação desportiva, para a qual é possível aceder em tempo real ao sistema de gestão de consumos via web. O sistema implementado proporciona vários tipos de informação ao utilizador, permitindo visualizar graficamente a existência de uma potencial anomalia quando a disparidade entre a classificação do consumo no instante e a classe do consumo de referência for significativa.

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Quando a criança chega à sala de aula, já traz consigo uma «bagagem» de comportamentos aprendidos no contexto familiar, nas interações com professores anteriores, com pares, ou noutros contextos em que se encontra inserida. Essa diversidade de comportamentos espelha-se no conjunto de alunos que constituem uma turma, os quais assumem características específicas que, por vezes, determinam a sua sinalização para intervenção psicoterapêutica, e que se encontram num mesmo contexto de sala de aula, em que outros alunos, não sinalizados para a referida intervenção, também estão. Por outro lado, os fatores afetivos e o estilo de liderança adotados pelo professor exercem um papel determinante na motivação, no desempenho académico e na forma como os alunos encaram a aprendizagem. Este estudo remete-nos para as principais perspetivas teóricas em torno do desenvolvimento e da aprendizagem, para o conceito de vinculação e socialização e para os diferentes estilos educativos. Abordamos também a importância da gestão de sala de aula e de adotar práticas pedagógicas baseadas no reforço positivo, promotoras do desenvolvimento de perceções positivas por parte dos alunos, relativamente ao professor. Estas são uma mais-valia neste processo, constituindo uma alavanca para a aprendizagem, fazendo a diferença na perceção entre um professor «facilitador», exímio na arte de promover as capacidades de um aluno e um professor considerado «obstáculo», capaz de o demover das suas realizações e expetativas. A presente investigação é do tipo quantitativo, não-experimental, na qual participaram 48 alunos, distribuídos por duas categorias (13 alunos sinalizados para avaliação psicoterapêutica e 35 alunos não sinalizados para avaliação psicoterapêutica). vi Na recolha de dados foram utilizados instrumentos qualitativos (análise documental dos relatórios técnico pedagógicos, programas educativos individuais e relatórios psicológicos dos alunos) e quantitativos (inquéritos por questionário), utilizando-se, portanto, a triangulação de métodos, a qual permitiu um descrição mais completa do fenómeno em estudo. Os resultados obtidos permitem concluir que, se tivermos em consideração as dimensões ou subescalas do questionário da interação do professor, existem diferenças na perceção da relação interpessoal com o professor entre alunos sinalizados e não sinalizados para intervenção psicoterapêutica.