1 resultado para Mobilidade social Portugal Séc. XIX

em Instituto Politécnico de Leiria


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Na sociedade contempornea ocidental praticamente impossvel que os projetos de vida das crianas, adolescentes e jovens no passem por um investimento na escola vista como um passaporte para a mobilidade social (Peres, 2011). Contudo, por detrs dessa pretensa incluso social, h efeitos perversos e condicionantes vrios que levam ao insucesso e abandono escolares, excluso social (Canrio, Alves e Rolo, 2001 citado por Vieira A. 2013:77-78). O fenmeno da excluso social cada vez mais premente. Importa perceber qual a aceo do conceito de pobreza e como sentida pelos seus protagonistas, pela sociedade em geral e qual o papel do Estado nesta relao. Surgem constantemente novas formas de pobreza e a excluso assume diferentes configuraes. As dinmicas sociais em mutao podem ditar a fragilidade social, a assistncia ou mesmo a marginalizao social (Paugam,2003:47). O objetivo desta investigao, sobre projetos de vidas labirntico de indivduos excludos pela sociedade, por via de adies (lcool e drogas), trabalhos precrios, desemprego, mudanas familiares e sociais passa pela autorreflexo, a captao da perspetiva hermenutica no indivduo face ao contexto em que vive. Foram utilizadas entrevistas em profundidade e observao direta participante e no participante. Tratando-se de indivduos cuja histria de vida assume contornos bastante complexos, usei uma tcnica de aproximao ao photovoice (Wang e Burris, 1997): sugeri aos participantes que captassem atravs da imagem a sua recordao mais feliz, o que mais gostam nos seus dias e qual o seu maior sonho. Segundo Vieira, as histrias de vida no so mero passado. So processos histricos na verdadeira aceo da palavra (Vieira, 2009:16) pelo que compreender a sua perceo do passado, presente e futuro assume relevante importncia para a perceo da construo de um projeto de vida. Ambicionmos conseguir aquilo que nas palavras de Machado Pais se traduz como olhar de frente para o que se olha de lado (Pais,2001:241). Esta problemtica considera a rua como espao privilegiado de aprendizagem (infncia) de encontro (juventude) (Vieira, 2011) pelo que se pretendia perceber como possvel que se se metamorfoseie num espao de trabalho, como nascem estas profisses da rua, que percursos biogrficos estaro na base desta opo de vida e se ser mesmo uma vida sem opo. essencialmente na busca da autorreflexo, do questionamento, onde o mediador poder intervir (interveno) enquanto auxiliar na construo de projetos de vida, como se de um advogado social de tratasse, um construtor de pontes entre os excludos e a sociedade e um valioso auxiliar na concretizao de sonhos, enquanto mediador comunitrio.