9 resultados para Mediações culturais
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
O estudo da imagem de um destino turístico bem como os eventos são áreas cada vez mais importantes na investigação do turismo, pois apresentam uma função relevante na tomada de decisão e consequente satisfação do turista. Adquirindo uma importância também cada vez mais significativa, a cultura é hoje em dia usada como ferramenta estratégica de diferenciação entre destinos. Aglomerando estas três áreas, destinos turísticos, eventos e cultura, a presente dissertação tem como objetivo geral, perceber quais os principais benefícios para a imagem de um destino turístico, usando os eventos como promotores culturais desse mesmo destino. A metodologia adotada para chegar a estas conclusões, teve como base a investigação qualitativa, através da realização e análise de entrevistas semi-estruturadas a um conjunto de especialistas na área dos eventos culturais e criativos, que residam em cidade que já foram Capitais Europeias da Cultura (CEC), em questão, Graz, Génova, Liverpool e Maribor. Após a recolha e análise dos dados, verificou-se que os principais benefícios passam sobretudo pela reconfiguração, (re) posicionamento destes destinos, um maior reconhecimento do lugar, maior poder de atracção e sobretudo, uma perceção modificada positivamente.
Resumo:
A Escola é hoje o espaço social por excelência. Daí que se afigure como uma oficina privilegiada de (re)construção de identidades (Vieira, R., 2009), como um ateliê da diversidade social, espelho da sociedade em que está inserida, reconhecendo-se, portanto, como o seu microcosmos (Vieira, A., 2013). Com a transformação da Escola num espaço universal e obrigatório para todos, surgem, inevitavelmente, metamorfoses que lhe exigem novos papéis. Com efeito, a criação de Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) contextualiza a emergência de novos atores, em particular, o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF). Afigurando-se a mediação intercultural como caminho para entender, catalisar, empoderar e transformar essa diversidade, importa conhecer em que medida o GAAF pode constituir-se como campo de possibilidade(s) para a mediação intercultural entre alunos, famílias, escola e comunidade. Reconhecendo, a priori, a complexidade do nosso objeto de estudo, privilegiámos o paradigma hermenêutico, compreensivo, de descoberta, defendendo a sua complementaridade (Boavida e Amado, 2006), assumindo uma metodologia compósita, politeísta (Bourdieu, 1992). Assim, como universo de análise da nossa investigação, escolhemos um Agrupamento de Escolas do distrito de Leiria, que, enquanto TEIP, incorpora um GAAF desde o ano letivo 2012/ 2013. De facto, importa conhecer, compreender e interpretar as representações que o sujeito (per si complexo) em estudo manifesta. Adotámos, por isso, como método, o estudo de caso etnográfico (Stenhouse, 1994, in Amado, 2014). Quanto às técnicas de recolha da informação (Bell, 2010; Amado, 2014), elegemos três, designadamente, a análise documental, a observação participante e a entrevista individual semiestruturada (entrevistámos três alunos, três encarregados de educação, uma psicóloga, um técnico de serviço social, o diretor do Agrupamento, três professores e três parceiros da comunidade, perfazendo um total de 15 entrevistas). A estada no terreno foi reveladora, permitindo-nos concluir que, não obstante a demora na visibilidade de resultados imediatos, intrínseca a qualquer projeto social, o GAAF pode, efetivamente, constituir-se como um campo de possibilidade(s) para a mediação intercultural entre alunos, famílias, escola e comunidade, na medida em que se afirma como prática catalisadora, com dinâmicas transformadoras e empoderadoras da(s) diversidade(s) que habita(m) a Escola contemporânea.