2 resultados para Evolução tecnológica
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
Numa sociedade onde a tecnologia digital, a tecnologia multimédia e a interatividade são predominantes, os ambientes educativos das escolas começam a evidenciar alguma dificuldade em acompanhar a evolução tecnológica. Um quadro interativo (QI) pode enriquecer os ambientes pedagógicos e promover uma maior interação com os conteúdos educativos e com as realidades exteriores à escola. Contudo, e apesar da grande aposta das escolas públicas, particulares e cooperativas e privadas na aquisição desta ferramenta, a exploração das suas potencialidades e a sua rentabilização parece longe de atingir os níveis mais desejados. Com o objetivo de analisar de que forma a partilha de recursos digitais para o QI potencia uma sua maior utilização desta ferramenta, foi realizado um estudo num estabelecimento de ensino particular e cooperativo, onde foi criada uma comunidade de partilha virtual de recursos, sob a forma de um blog, o educattic.wordpress.com. O estudo de caso envolveu todos os docentes deste estabelecimento, abrangendo os três níveis do ensino básico, tendo sido solicitado a todos os participantes o preenchimento de dois questionários: um que antecedeu o lançamento do blog, com vista a analisar qual o tipo de utilização que o docente faz do QI; e o segundo, realizado três meses após a divulgação do blog, com o intuito de analisar em que medida a partilha de recursos potenciou a utilização do QI. Como resultado deste estudo depreende-se que os QIs raramente são usados quer seja de forma interativa ou apenas como projetor. Esta deficiente utilização dos QI pode ser, ultrapassada pelos professores com a existência de uma comunidade virtual de partilha de conteúdos digitais, onde estes possam recolher recursos e partilhar informação. Os resultados revelam que os docentes reconhecem no QI as suas potencialidades pedagógicas, demonstrando ainda estarem recetivos quanto participação numa comunidade deste género.
Resumo:
A evolução tecnológica do início do século XXI abriu portas a novos desafios comunicacionais e hoje, mais do que nunca, é necessário desenvolver processos narrativos que atraiam as audiências e tragam um novo fôlego à televisão em Portugal. Este estudo incide nos princípios de transmedia storytelling definidos por Henry Jenkins – spreadability versus drillability, continuity versus multiplicity, immersion versus extractability, worldbuilding, seriality, subjectivity e performance – e na forma como produtoras, canais de televisão portugueses em sinal aberto e consumidores encaram a utilização destas práticas na produção, transmissão e consumo de conteúdos de ficção nacional. Nas narrativas que recorrem a transmedia storytelling, pedaços das histórias são espalhados através de diferentes media, podendo muitos destes conteúdos ser criados em colaboração com os fãs. Foram abordadas as produtoras, as estações televisivas e os consumidores por forma a apurar que trabalho tem vindo a ser efetuado na ficção nacional da televisão pública portuguesa em sinal aberto no âmbito de transmedia storytelling e por que razão estes canais e as produtoras não apostam em transmedia storytelling na estratégia de comunicação das ficções nacionais. Para isso foi descrito o cenário da ficção nacional na televisão pública portuguesa em sinal aberto, analisado o papel do consumidor no contexto atual de consumo e produção de conteúdos e o seu interesse em narrativas transmediáticas e foram identificados os constrangimentos e limitações na utilização de transmedia storytelling na ficção nacional da televisão pública portuguesa em sinal aberto. Os resultados revelam que transmedia storytelling é uma temática pouco familiar, que não é aplicada em Portugal, apesar de haver casos pontuais da sua utilização. Porém, o estudo indica que pode haver um interesse latente nos consumidores, que poderá ser ativado a partir da introdução de conteúdos que recorram a estratégias de transmedia storytelling na televisão portuguesa em sinal aberto.