2 resultados para Decisões de investimento sob risco e incerteza
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
A presente investigação analisa o papel dos enviesamentos cognitivos no processo de tomada de decisão financeira. Neste sentido, procurou-se verificar se os fenómenos psicológicos influenciam os indivíduos no processo da tomada de decisão num contexto de incerteza. Para a concretização do estudo, utilizou-se uma amostra de 530 estudantes do Instituto Politécnico de Leria distribuídos por quatro cursos de Licenciatura: Contabilidade e Finanças, Engenharia Informática, Engenharia Mecânica e Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Como metodologia, utilizou-se um questionário que foi posteriormente aplicado e respondido presencialmente entre os meses de novembro e dezembro de 2015. Os resultados obtidos indicam que não foram encontrados evidências estatisticamente significativas para comprovar a observação dos efeitos referentes ao enviesamento de excesso de confiança mensurado através do nível de experiência de investimento em mercado de capitais e através do sexo dos inquiridos. Também não foram encontrados evidências estatísticas significativas que comprovam os efeitos dos enviesamentos disponibilidade e conservadorismo/representatividade. Não obstante, para os restantes enviesamentos ancoragem e efeito disposição, os resultados obtidos indicam que existem evidências estatísticas que os indivíduos no processo da tomada decisão são influenciados por fatores cognitivos. Deste modo, através da comparação das respostas dos estudantes das duas áreas de formação (Ciências Empresariais e Engenharia), foi verificado que o efeito ancoragem é refletido na tomada de decisão dos estudantes consoante a natureza dos cursos, o que indica que o conhecimento adquirido através da formação é uma aspeto relevante. Por fim, os resultados do estudo confirmam ainda que os estudantes no processo da tomada de decisão num contexto de incerteza tendem a ser avesso ao risco no domínio dos ganhos e propenso ao risco no domínio das perdas.
Resumo:
No contexto atual de instabilidade e incerteza os modelos preditivos de falência têm ganho importância como instrumento de prevenção. Simultaneamente, os apoios a empresas em dificuldades têm sido revistos e aperfeiçoados para evitar o colapso das mesmas. Nesse sentido, é o objetivo principal deste trabalho perceber se as empresas em dificuldades financeiras que recorreram ao Programa Revitalizar, nas medidas PER (Processo Especial de Revitalização) ou SIREVE (Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial), conseguiram melhorar a sua situação económico-financeira. Foram analisadas 98 empresas que recorreram ao programa PER e 109 empresas que recorreram ao SIREVE no ano de 2012 e utilizados os modelos de Altman de 1993 (2006) e de Kanitz (1974) na sua forma tradicional e ajustados à realidade em questão. O horizonte temporal analisado foi 2011 e 2013, isto é, o período antes e após a entrada no programa revitalizar. A aplicação dos modelos permitiu concluir que, os resultados obtidos são distintos entre os modelos e por programa. De modo geral o modelo de Altman está mais ajustado à amostra em causa mas ainda assim detetam-se erros de classificação do tipo I e II. Confirmou-se que as empresas em SIREVE apresentam melhores resultados relativamente às empresas em PER. Por fim, podemos afirmar que, de modo geral, a entrada no Programa Revitalizar foi benéfica dado que houve uma melhoria significativa das empresas que conseguiram melhorar os seus resultados no período analisado.