11 resultados para Cuidadores de idosos
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
O crescimento da fatia da população com idade superior a 65 anos tem levado a uma maior atenção sobre as consequências sociais, económicas, políticas, principalmente nos países desenvolvidos. O estudo que se apresenta é uma abordagem predominantemente qualitativa e tem características descritivas. Pretendemos conhecer de que forma as estruturas residenciais para idosos promovem o desenvolvimento cognitivo em idosos com a doença de Alzheimer através de atividades de estimulação cognitiva. Foram realizadas entrevistas em profundidade aos técnicos responsáveis por quatro estruturas residenciais de idosos (ERPI), da zona centro de Portugal e os dados recolhidos foram triangulados com a análise documental e a observação naturalista realizada pela investigadora, dado que desenvolve a sua atividade profissional neste contexto Os resultados revelam que as estruturas residenciais para idosos estão sensíveis à importância de criar momentos de estimulação cognitivas para idosos com a doença de Alzheimer. Esta tarefa está dificultada não só pela lacuna na formação específica dos técnicos, como também pelo aumento de utentes com estas e outras necessidades, condicionando a ação individualizada destes técnicos. As estruturas residenciais para idosos, consideram que é necessário fazer uma adaptação do processo de institucionalização quando se trata de um utente com esta demência. Existe também uma grande preocupação em manter a capacidade motora, estimulação cognitiva, mantendo assim por mais tempo as capacidades de cada idoso por forma a ter uma melhor qualidade de vida e autonomia.
Resumo:
A dissertação que aqui se apresenta, de cariz qualitativo, procura perceber quais os contributos que as atividades de animação sociocultural desempenham para os idosos de Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) da Santa Casa da Misericórdia de Pombal (SCMP), uma resposta social que oferece, apenas, serviços de higiene habitacional e pessoal, alimentação, tratamento de roupas e cuidados de saúde aos seus utentes. Animação Sociocultural na terceira idade surge como resposta à diminuição da sua atividade e das suas relações sociais. É considerada um fator determinante para a qualidade de vida das pessoas preservando a sua autonomia e podendo contribuir para um envelhecimento mais ativo e participativo. O método usado foi a investigação ação, com 13 utentes do serviço de apoio domiciliário, desenvolvendo-se um conjunto de atividades, previamente escolhidas por eles, como a expressão plástica, tertúlias, ginástica, caminhadas, manicure, jogos de cartas, leitura de jornais e a comemoração do aniversário. As técnicas que nos permitiram proceder à recolha de dados foram a pesquisa documental, a entrevista estruturada e a observação direta com recurso ao diário de campo. A pesquisa desenvolvida evidenciou que os utentes mostram maior interesse em desenvolver atividades que envolvam o diálogo, sobre assuntos do quotidiano pessoal e da atualidade portuguesa, e a atividade física. Percebeu-se que as atividades de animação socioculturais desenvolvidas trouxeram contributos a nível da mobilidade, das relações pessoais, da auto estima, da motricidade fina, entre outras. De futuro consideramos que as atividades de animação sociocultural devem ser um serviço a incluir na resposta social do serviço de apoio domiciliário.
Resumo:
Face às alterações demográficas, o aumento da longevidade e o aumento da população idosa são uma realidade incontestável, assim é importante que a sociedade seja detentora de conhecimentos face aos idosos e ao envelhecimento, nomeadamente os profissionais de saúde para que possam desenvolver a sua prática clínica respeitando e potenciando o processo de envelhecimento. No intuito de conhecer as perceções dos estudantes de fisioterapia angolanos e portugueses face aos idosos e ao envelhecimento, delineou-se um estudo, exploratório e descritivo, com uma abordagem predominantemente quantitativa na recolha e tratamento de dados, utilizando um questionário online. A amostra do estudo é composta por 46 estudantes de fisioterapia, 23 angolanos e 23 portugueses. Os resultados revelam que não existem diferenças significativas entre as perceções dos estudantes de fisioterapia angolanos e portugueses face aos idosos e ao envelhecimento. Os inquiridos apresentam uma atitude predominantemente positiva face ao envelhecimento, considerando-o como um processo multidimensional e multidirecional, que deve ser preparado e pensado ao longo da vida, na lógica do envelhecimento ativo.
Resumo:
O envelhecimento é um fenómeno normal, gradual, progressivo e global que se traduz em modificações biológicas, psicológicas, sociais e culturais que ocorrem ao longo do tempo (Figueiredo, 2007). Estas modificações podem alterar a funcionalidade do idoso, ou seja, a sua capacidade de gerir a sua vida de forma independente e autónoma, concretizando as atividades do quotidiano (Barbosa, Almeida, Barbosa e Rossi-Barbosa, 2014). A forma de lidar com o envelhecimento irá depender da capacidade de superar as adversidades de forma positiva, isto é, da capacidade de resiliência (Anaut, 2005). A psicomotricidade é uma área que intervém com a pessoa, associando o corpo, o cérebro e os ecossistemas envolventes (Fonseca, 2001), abrangendo os aspetos motores, cognitivos e emocionais. Assim, esta investigação pretende compreender em que medida a participação em sessões de psicomotricidade interfere na resiliência e na funcionalidade, considerando um grupo participante e um não participante, e analisar a relação entre resiliência e funcionalidade mutuamente. Foram aplicados a Escala de Avaliação Global de Resiliência de Jardim (2006), o Índice de Barthel de Mahoney e Barthel, (1965) e um questionário sociodemográfico, utilizando-se o Software IBM SPSS Statistics (versão 22.0) para a análise estatística. Concluiu-se que 50% da amostra apresenta uma capacidade de resiliência elevada e a média de funcionalidade corresponde a dependência moderada. O grupo participante nas sessões apresenta valores superiores de resiliência e de funcionalidade, em relação ao não participante.
Resumo:
O presente trabalho é resultado de um estudo exploratório no âmbito do Mestrado em Intervenção para um Envelhecimento Ativo que incidiu sobre o Programa da GNR Apoio 65 – Idosos em Segurança no concelho de Ourém. Face ao grande número de pessoas idosas a viverem sós ou em companhia de outra pessoa idosa são muitos os riscos que afetam esta camada da sociedade. As necessidades aumentam perante as vulnerabilidades sentidas pelos idosos e torna-se urgente implementar medidas para as colmatar. Diante da situação apresentada, a GNR tem em curso o Programa Apoio 65 – Idosos em Segurança, pondo em prática um trabalho que consiste em acompanhar aqueles que vivem sós ou isolados. Esse Programa permite detetar situações de vulnerabilidade a que os idosos estão sujeitos, proteger, prevenir, sinalizar e encaminhar os casos que possam comportar algum risco, nomeadamente o isolamento, maus tratos, abandono por parte dos familiares, falta de cuidados específicos e más condições de habitabilidade. Para a realização deste trabalho recorreu-se à metodologia qualitativa. Foram realizadas entrevistas ao comandante do Destacamento Territorial de Tomar, aos guardas que atuam no âmbito do Programa e a alguns idosos, principais atores desta intervenção. Os objetivos estabelecidos foram conhecer e descrever o Programa Apoio 65 – Idosos em Segurança no concelho de Ourém, e compreender as implicações que esta intervenção tem na vida dos idosos. Os resultados permitiram perceber como se estrutura esse Programa de acordo com a perceção dos vários intervenientes, que o trabalho realizado pela Guarda cria um sentimento de segurança e contribui de forma positiva informando os idosos e sensibilizando para os riscos que correm. Ainda permitiu compreender a importância que o Programa tem e a articulação que a Guarda estabelece com as redes sociais para dar respostas às situações encontradas sendo a primeira a detetar situações de risco. A principal limitação e constrangimento detetada no Programa foi a necessidade de mais recursos humanos e tempo dos profissionais para se atingir mais resultados positivos.
Resumo:
Introdução: A CIF foi considerada, por alguns clínicos, como não sendo totalmente viável para a aplicação na rotina clínica, já que este sistema de classificação contém mais de 1400 categorias. Posto isto, o processo de desenvolvimento de Core Sets da CIF tem sido priorizado pela OMS, tornando a CIF acessível para a avaliação das cs específicas. Estes pretendem orientar uma avaliação multidisciplinar abrangente, incluindo as categorias da CIF para descrever, de uma forma suficiente, a funcionalidade e incapacidade dos indivíduos. Contudo, podem existir divergências entre a perspetiva de crianças e jovens portugueses com PC e cuidadores sobre a sua cs e os core sets da CIF estabelecidos para a mesma. Objetivo: Identificar os problemas percecionados pelas crianças e jovens com paralisia cerebral e pelos cuidadores em Portugal e analisar em que medida estes aspetos são representados pela versão atual do Comprehensive Core Set da CIF para esta cs. Metodologia: Este estudo é qualitativo, tendo-se utilizado uma amostra conveniente de crianças/jovens com PC e cuidadores. Todos os dados foram recolhidos por meio de entrevistas e posteriormente analisados segundo o protocolo de Coenen. Foi efetuado o linking dos conceitos obtidos das entrevistas para as categorias da CIF, tendo sido comparadas com os Core Sets da CIF para esta condição. Resultados: Este estudo tem uma amostra de 48 indivíduos, sendo que 28 eram crianças e jovens com PC e os restantes 20 eram cuidadores. A média de idades das crianças/jovens incluídos foi 13,04 (±3,26), sendo que a idade mínima incluída foi 8 anos e a idade máxima, 18 anos. A média de idades dos cuidadores incluídos foi de 35,20 (±8,01) anos, sendo que a idade mínima incluída foi 22 anos e a idade máxima 55 anos. Das 256 categorias identificadas, 101 estão contempladas nas categorias dos Comprehensive Core Set da CIF. Estas encontram-se presentes em 58 categorias de 2º nível dos Comprehensive Core Set de um total de 135, correspondendo a 43% dos mesmos. Conclusões: Tendo em conta os resultados obtidos, podemos concluir que os Comprehensive Core Set da CIF para a PC contemplam a grande maioria dos problemas percecionados pela população-alvo, ainda que integre várias categorias que não foram relevantes para esta população em estudo.
Resumo:
Os indicadores do envelhecimento demográfico sugerem desafios de impacto no ajustamento da sociedade portuguesa ao crescente aumento da população idosa e, com este, vai aumentando igualmente a preocupação com a qualidade de vida desta população, e com o envelhecimento ativo. A responsabilidade de ajudar o idoso a envelhecer com qualidade é de todos nós e por isso é urgente olhar os novos tempos do presente como tempos em que dar um sentido à velhice deverá fazer parte dos desafios da vida de cada um de nós, e em especial dos técnicos de intervenção social, no sentido de ajudar o idoso a encontrar o seu sentido de vida no presente, como força geradora e motivadora da construção do seu futuro. Fundamenta-se assim a escolha deste estudo científico intitulado “Vidas de idosos. Reviver o passado para construir um futuro mais ativo”. Com o objetivo de perceber se é ou não possível os técnicos de intervenção em envelhecimento ativo conciliarem o conhecimento da história de vida de um idoso, com o projeto de vida fundamental para a sua qualidade de vida, (re)desenhando o seu projeto de vida, no diálogo com ele mesmo, conciliando os interesses do passado com as suas perspetivas presentes e futuras, foram estudados três idosos independentes, autónomos, em que todos aderiam às atividades propostas pela instituição, em duas instituições distintas. Em função destes objetivos e numa tentativa de entender o significado que os idosos dão às suas vidas ou a aspetos circunscritos dela, optei por uma abordagem qualitativa que permite recolher e refletir os aspetos enraizados dos indivíduos, os seus hábitos quotidianos e nos dão acesso ao seu mundo subjetivo, em contraste com a despersonalização dos estudos estatísticos. Nesta perspetiva, recorri à metodologia etnográfica, e dentro desta à metodologia das histórias de vida, através da realização de diversas entrevistas profundas aos três sujeitos estudados, que foram sistematizadas em sinopses de cuja análise de conteúdo foram retirados os dados que permitiram chegar às conclusões deste estudo científico. Só em espaços de participação onde os técnicos de intervenção sejam mediadores, com um olhar holístico sobre o idoso, e onde é prioritário respeitar as diferenças, é possível ajuda-lo a (re)desenhar o seu projeto de vida e a construir um futuro com mais significado para si, por isso mais positivo e com mais qualidade de vida.
Resumo:
Os AVCs são a primeira causa de morte e incapacidade no nosso país e nem sempre os prognósticos após o AVC são os melhores e podem surgir repercussões com variados graus de gravidade, sendo importante fazer uma avaliação da pessoa com AVC, como por exemplo: ao estado de consciência, ao estado de orientação, atenção, entre outros. Relativamente à linguagem podem surgir complicações que são denominadas de Afasia. A afasiaa possuem um grande impacto na vida das pessoas e consequentemente dos seus familiares e/ou pessoas que os rodeiam, pois interferem na capacidade comunicativa, na integração social, profissional e familiar e na qualidade de vida. Parece então importante estudar a temática envolvente na interação dos cuidadores formais com os clientes afásicos. Objetivos: Objetivo geral - Concluir acerca do conhecimento dos cuidadores formais sobre a pessoa vítima de AVC, Objetivos específicos - conhecer as estratégias de comunicação usadas por cuidadores formais com os clientes com Afasia, os conceitos de comunicação e afasia; Entender a importância da comunicação na intervenção profissional dos cuidadores formais; Identificar as principais dificuldades de comunicação sentidas pelos cuidadores formais de clientes com afasia e as estratégias de comunicação utilizadas pelos mesmos; Concluir acerca da importância da intervenção a nível de formação de cuidadores formais no âmbito da comunicação. Métodos: Foram estudadas as estratégias de comunicação utilizadas por cuidadores formais de pessoas com afasia em UCCIII do distrito de leiria, através da aplicação de um inquérito por entrevista semi-estruturada. Participaram do estudo quatro indivíduos do sexo feminino com idades compreendidas entre os 24 e os 35 anos, todos profissionais ligados à área da saúde, selecionados através de uma amostragem não-probabilística por conveniência. A análise dos resultados foi qualitativa, através da análise de conteúdo. Resultados: Neste estudo as participantes foram unânimes em vários aspetos: todas concordam que a afasia é caracterizada por uma dificuldade de expressão/compreensão; que a comunicação é a forma de interagirmos com os outros e com o meio; que o gesto e a escrita são as estratégias mais utilizadas e com o facto de haver necessidade de formação para melhorar a comunicação no contexto das UCCI. Contudo surgem temas interessantes como a comunicação alternativa aumentativa e a música como estratégias. Conclusão: É importante criar ações de sensibilização e intervenção ao nível de formação dos profissionais de saúde que lidam, no seu dia-a-dia, com clientes com afasia, trabalhando todos para melhoria da qualidade de vida destas pessoas, para que se tornem ativas e participativas da sua própria vida social e numa tentativa também de aumentar o leque de estratégias comunicativas utilizadas pelas mesmas.
Resumo:
O relatório de projeto que aqui se apresenta contextualiza a problemática do envelhecimento humano, nomeadamente o contexto Português, evidenciando o que as estatísticas dizem sobre o assunto. Dirige um olhar mais focalizado para a questão da rede de suporte, dos cuidadores, evidenciando o papel importante que a mediação pode desempenhar ao nível da intervenção em contextos de envelhecimento. A partir de uma caracterização e de um diagnóstico do concelho da Marinha Grande ao nível desta problemática do envelhecimento e das respostas sociais disponíveis para a população idosa, p retendese, com este relatório, conceber um projeto de mediação e intervenção social dirigido a pessoas idosas e cuidadores informais no concelho da Marinha Grande. Este projeto pretende, por um lado, dinamizar um conjunto de ações na área do apoio à pessoa idosa, numa fase prévia à institucionalização, de forma a tentar responder a necessidades e carências dos idosos, por outro lado, a criação de um gabinete de atendimento dirigido aos familiares dos idosos que se encontram em lista de espera para integração em ERPI. Pretende-se intervir a nível da mediação intercultural, nomeadamente, ser mediador dos cuidadores informais na sua relação com a família e sociedade, criar um Plano Individual de Intervenção e planos de formação para os cuidadores informais. O projeto apresentado neste relatório prevê uma atuação a nível de proximidade com os idosos através de equipas visitadoras compostas por um técnico do projeto e dois voluntários. Deste modo pretende-se contribuir para a reorganização familiar, e reforço de um elo de ligação com as respostas sociais existentes no concelho, bem como promover projetos e dinâmicas locais dirigidas às pessoas idosas.
Resumo:
Este trabalho propõe-se identificar as necessidades de formação e informação dos cuidadores informais de indivíduos com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) de forma a projetar uma proposta de formação que colmate essas mesmas necessidades. A investigação incide sobre uma área ainda pouco explorada a nível nacional e de grande relevância face ao envelhecimento populacional e suas consequências. Constata-se a insuficiência de informação/formação nesta área, pelo que se reforça a necessidade de preencher as lacunas de (in)formação daqueles que estão na primeira linha de prestação de cuidados ao idoso com sequelas de AVC. A dificuldade de encontrar uma formação para este público-alvo deve-se ao escasso conhecimento das suas reais necessidades, bem como, pelo facto de não ser dirigido a estas necessidades um plano formal e sistemático. A oferta de (in)formação assume-se como um pilar decisivo para dotar o cuidador informal de competências que salvaguardem o bem-estar da pessoa cuidada, assim como o seu próprio. No enquadramento teórico, houve a necessidade de contextualizar esta problemática abordando-se o AVC e suas sequelas, as idiossincrasias da educação de adultos cuidadores, bem como uma contextualização aprofundada das necessidades dos cuidadores informais. O reconhecimento do papel da família no ato de cuidar, e um apontamento acerca do cuidador informal são fatores determinantes neste processo. Para a identificação das necessidades foi conduzido um inquérito por entrevista semi-estruturada ao público-alvo, os cuidadores informais, bem como a informadores-chave (cuidadores formais e indivíduos com sequelas de AVC), efetuando-se uma subsequente análise de conteúdo. Verificou-se a importância da informação/formação neste processo do ato de cuidar em diferentes dimensões. Os dados obtidos permitiram o desenvolvimento de uma proposta de formação para cuidadores informais.