5 resultados para Conferências literárias
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo a implementação de um projeto de criações músico-literárias em contexto de CATL. Os participantes deste projeto compreenderam um grupo de dezasseis crianças em contexto de CATL, com idades entre os seis e os doze anos. Estas frequentam o 1º e 2º Ciclos de escolas do Concelho de Leiria. Assumindo a diferença evidente de idades nos participantes, as atividades foram idealizadas de forma a serem transversais e equilibradas, privilegiando a livre criação, a descoberta, os momentos de trabalho em grupo e valorização de ideias de cada criança. No decorrer do projeto, foram implementadas várias sessões com ênfase nas áreas da literatura e da música. Na primeira, o foco foi a criação de histórias. Propuseram-se exercícios de invenção que incentivaram a criatividade, através da leitura, de jogos literários e da criação de histórias através de vários estímulos criativos. Conjuntamente pretendeu-se recorrer a processos orientados de criação na área da música, através de experiências com ritmos, sons, intensidades, experimentação de vozes, busca de sons no corpo e nos instrumentos e gravação resultante dessas experimentações. Valorizou-se durante o projeto a exploração de potencialidades criativas e expressivas advindas do vínculo da música e da literatura, onde se trabalharam os ambientes sonoros e as vozes de uma história criada integralmente pelas crianças participantes. Este estudo foi centrado numa metodologia de investigação qualitativa. Os instrumentos aplicados, permitiram recolher os dados com profundidade e abrangência, desde entrevistas, mini-inquéritos, grelhas de observação de comportamentos e atitudes, notas de campo e portefólio. Finalmente, este projeto teve impacto no desenvolvimento de perceções positivas face à musica e à literatura para a infância.
Resumo:
A Moda será talvez o dispositivo que melhor consegue transportar o que é a Modernidade, ilustrando o imaginário humano sempre em devir. Em paralelo com a perspetiva humanística, na sua abordagem, têm de se equacionar questões de técnica e, forçosamente, todo um ecossistema cultural. O sistema atual da Moda e do vestuário culmina visivelmente nos progressos atuais da tecnologia e tensões presentes nas principais áreas científicas, de que é expressão o fenómeno da obsolescência. É neste campo operativo, sistema complexo, maduro nos seus equilíbrios e paradigmas, mas também, contradições e colapsos, que se levantam problemas particulares e transversais a outros setores. A UNESCO e outras influentes instituições internacionais preconizam a sustentabilidade e assumem o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. Neste enquadramento, enfrentam-se questões de nível global como a sustentabilidade e a(s) crise(s) dos modelos económicos prevalecentes no Ocidente contemporâneo. Relativamente às prioridades definidas na planificação de projetos no setor da Moda, do têxtil e do vestuário, quando nos circunscrevemos ao território português, urgia realizar-se uma investigação com o objetivo de entender as relações entre as entidades, atores e instituições ativas neste campo. A intenção é aferir possibilidades de Gestão Cultural, partindo de três questões charneiras. Qual o entendimento da sustentabilidade por parte desses intervenientes? Que pontos fracos e oportunidades caracterizam o sistema? Como é que toda esta problematologia se comporta enquanto rede? Em conformidade com o desígnio supra, a metodologia usada para resolver os objetivos consistiu numa conjugação de métodos e de técnicas que atingem atores representativos, graças a um acesso privilegiado ao setor. Concretizou-se uma análise qualitativa através da técnica da entrevista livre acompanhada de guião premeditando desvios, acrescida de duas discussões com grupos focais, dois estágios de observação participativa, a participação em duas conferências e ainda em duas ações de formação. Paralelamente trabalhou-se na divulgação de um inquérito online visando a recolha de dados quantitativos que ajudaram a validar as interpretações da análise qualitativa. O corpus foi dividido em três grupos: o primeiro para a esfera da decisão, o segundo relativo à dos Tecnólogos e o terceiro para a dos Criativos, todos representados num estudo comparativo através de gráficos dimensionais Radar. Observou-se que os atores dos três grupos estão geralmente isolados na sua especificidade. Numa síntese possível, os Criativos aspiram a mais poder, os Engenheiros reconhecem o seu défice de originalidade e os Decisores revelam-se afastados do quotidiano social. Para a Gestão Cultural, abordagem teórico-prático relativamente recente no panorama atual, é crucial reconhecer-se territórios para a sua ação. Assim, nesta investigação, individualizaram-se terrenos concretos onde a Gestão Cultural poderá desenvolver a sua interpretação numa visão pluralista e holística – um ecumenismo cultural – necessária e importante para o ativar ou reativar compromissos no seio do dispositivo da Moda, isto é, novos modos de fazeres e de seres desta dinâmica social. O presente estudo diz respeito a um setor específico e ao caso português, podendo, no entanto, a metodologia desta investigação ser adaptada a qualquer outro âmbito cultural. Aspira-se, em última análise, a uma reversão de comportamentos consuetudinários num setor essencial da economia portuguesa: parar de fazer para melhor projetar e gerir processos, equipamentos e recursos.
Resumo:
Este livro resulta da compilação de alguns textos escritos na continuidade de comunicações apresentadas no Ciclo de Conferências de Mediação e Intervenção Social, iniciado em 2014, e organizado pelo Mestrado em Mediação Intercultural e Intervenção Social (MIIS), Licenciatura de Serviço Social, Curso de Especialização Tecnológica em Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário, Curso Técnico Superior Profissional em Intervenção Social e Comunitária e Departamento de Ciências Sociais da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), bem como de textos escritos pelos docentes do MMIIS, que mostram a sua investigação na área e disponibilizam, assim, recursos pedagógicos próprios para os estudantes. Os textos que se seguem prendem-se, justamente, com a investigação que, paralelamente, fomos fazendo na área das migrações, educação intercultural, mediação intercultural e sociopedagógica, pedagogia social e educação social, serviço social e identidades profissionais, assim como com a investigação dos convidados nacionais e internacionais que muito nos honram em juntar à nossa pesquisa as suas reflexões e investigações sobre Pedagogia Social (José António Caride), Educação Intercultural e Mediação Sociopedagógica (Américo Peres), Indisciplina e Bullying na escola (João Amado e Cristina Vieira) e Acolhimento Familiar (Paulo Delgado).
Resumo:
A agricultura é um dos setores que garante a sustentabilidade das economias mundiais e permite combater a pobreza, contudo, para tal, tem que recorrer aos pesticidas, que visam garantir um maior rendimento da produção, protegendo as culturas dos organismos nocivos. A utilização de pesticidas não apresenta só vantagens, sendo a principal desvantagem a presença de resíduos de pesticidas nos alimentos que consumimos, dos quais fazem parte as frutas. Neste contexto, o presente estudo, teve por objetivo contribuir para a realização de uma avaliação qualitativa do risco da exposição ao mancozebe por ingestão de peras, produzidas na região Oeste de Portugal (pera rocha), pela população residente nessa mesma região. O mancozebe é um fungicida que pertence ao grupo dos etilenobisditiocarbomatos (EBD’s) e é um dos pesticidas mais utilizados pelos agricultores, devido a sua baixa toxicidade aguda. No presente estudo foi calculada a Ingestão Diária Máxima Teórica (IDMT) para o mancozebe, os valores da concentração do pesticida na fruta e os dados de consumo alimentar. A caracterização do risco foi feita comparando-se a IDMT com as doses diária aceitáveis (IDA) obtidas para cada categoria de população estudada (crianças em idade pré-escolar, crianças, jovens, adolescentes, adultos e seniores). Para tal, foram analisadas peras provenientes de cinco agricultores que entregam a sua fruta na central frutícola (Ecofrutas, Lda). As análises ao mancozebe foram efetuadas por um laboratório externo (Kudam, Lda.), mensalmente (de Setembro a Fevereiro e em Junho de 2013) nas peras não lavadas e, em Junho, nas peras lavadas. Com o objetivo de caracterizar o perfil sociodemográfico, o padrão de consumo e o comportamento do consumidor de pera rocha, realizou-se um questionário, em nove concelhos da região Oeste de Portugal (Bombarral, Cadaval, Alcobaça, Torres Vedras, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche e Lourinhã) tendo sido a amostra de 400. Sobre o perfil sociodemográfico do consumidor habitual de pera rocha verificou-se que são adultos (18,8%), com idades compreendidas entre os 26-54 anos, tem por habilitações literárias o ensino básico (59,2%) encontram-se empregados (60,8%) e o seu agregado familiar é composto por adultos (61,5%). O padrão de consumo é o seguinte: os consumidores habituais do fruto consomem uma pera/dia (66,9%), ao almoço (24,1%) e 64,3% mencionou não possuir nenhum membro do seu agregado familiar que seja consumidor habitual de pera rocha. O estudo do comportamento do consumidor, antes do consumo da pera rocha, evidenciou que os inquiridos conservam as peras na fruteira (61,2%), têm por hábito lavar o fruto antes do consumir (88,8%) com casca (38,8%) e que a maior parte da amostra compra a sua fruta no supermercado (49,1%). No que diz respeito à altura em que a pera rocha é consumida, em maior quantidade, observou-se que é no verão (37,9%), uma vez que é a época da colheita do fruto. Quanto à caracterização do risco efetuada, verificou-se que não existe risco associado ao consumo diário de uma, duas ou três peras, uma vez que a IDMT não ultrapassou a IDA (%IDA> 100) nas categorias de população estudadas (crianças em idade pré-escolar, crianças, jovens, adolescentes, adultos e seniores). No presente estudo, as categorias de população que apresentaram uma maior % IDA, pelo consumo diário de uma ou duas peras foram as crianças em idade pré-escolar e a categoria das crianças, quando estas consomem três peras/dia.
Resumo:
Conferência proferida na Academia das Ciências de Lisboa, integrada no ciclo de conferências “O sénior na sociedade”, organizada pelo Instituto Académico de Estudos para Seniores.