3 resultados para Comunicação aumentativa
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
As deficiências nos seus mais variados graus e complexidades podem impedir a eficácia do processo comunicativo. Estas limitações causam enormes perturbações no desenvolvimento dos indivíduos, e torna-se necessário um trabalho de intervenção que procure atender aos indivíduos com disfunções na comunicação através da aplicação de instrumentos que lhes permitam e possibilitem expressarem-se e comunicarem de forma eficaz. O presente trabalho apresenta o processo e os resultados parciais obtidos após o uso de uma “Carteira de Comunicação” por um individuo com incapacidade. Num primeiro momento foi feito um trabalho de análise conceptual com vista a possibilitar a melhoria da interação entre o sujeito do estudo e terceiros onde o principal objetivo e possibilitar a melhoria da comunicação entre as partes. Posteriormente, através do uso de pictogramas e de um sistema pictográfico para a comunicação (SPC) foram criadas tabelas e cartões a serem inseridos na carteira de comunicação a ser utilizada no quotidiano do sujeito. Trata-se de uma proposta de atuação onde a comunicação aumentativa cumpre os objetivos de proporcionar as ajudas técnicas específicas que ampliem as capacidades de interação proporcionando solução para as barreiras comunicativas e de aprendizagem assim como a autonomia de sujeitos com deficiências associadas.
Resumo:
Numa sociedade onde existem crianças com necessidades educativas especiais é cada vez mais emergente e fundamental a sua inclusão. Desta forma, é importante conceber ferramentas que permitam o desenvolvimento destas crianças o mais precocemente possível e a literatura tem debatido a relevância da leitura no desenvolvimento cognitivo e na interação social de um individuo. Nesta linha de pensamento, estruturou-se o presente projeto que teve o objetivo de adaptar a obra literária infantil “O Tomás já não cabe nos calções” de Mymi Doinet, presente no Plano Nacional de Leitura para a Educação Pré-Escolar do Ministério da Educação no formato acessível do Sistema Pictográfico para a Comunicação (SPC). Posteriormente, seguiu-se um estudo exploratório, através de um jogo, da consequência do livro adaptado em comparação com o seu formato original, particularmente no que diz respeito à reação comunicativa das crianças face ao livro. Participaram neste estudo quatro crianças com perturbações distintas, tendo em comum a comunicação verbal de algum modo comprometida; as perturbações são a perturbação do desenvolvimento intelectual, perturbação da linguagem, perturbação do espectro do autismo e uma criança sem diagnóstico concreto, onde se destaca os movimentos musculares involuntários, sem comprometimento do desenvolvimento cognitivo. Os resultados obtidos evidenciaram que o livro adaptado foi estruturador e facilitador da comunicação, face ao livro na sua versão original. A reação comportamental e comunicativa das crianças fase ao livro adaptado foi de maior participação e dinâmica se comparada com as reações face ao livro no formato original. Face aos resultados obtidos, não se pode esperar que existam materiais adaptados para perturbações apenas em investigações. É vital criar oportunidades e promover a igualdade, adaptando livros acessíveis, utilizando materiais adequados às capacidades/necessidades e que permitam a todas as crianças desenvolveram as suas potencialidades.
Resumo:
Tornar acessível a oferta cultural de um museu é premissa essencial numa sociedade que se quer global e integradora de todos os públicos. No que concerne ao público sénior, com necessidades especiais, nomeadamente com perturbações neuro cognitivas (PNC), a preocupação de tornar acessível a abordagem da obra de arte passa pelo conhecimento prévio das caraterísticas específicas dessas doenças degenerativas. Uma das competências a registar comprometimento mais ou menos acentuado é a comunicação verbal. Assim, a comunicação aumentativa revela-se de especial interesse como mecanismo /instrumento mediador entre a pessoa com perturbação neuro cognitiva e a obra de arte cuja abordagem exerce efeitos benéficos de estimulação cognitiva. O presente estudo foi desenvolvido no Museu Nacional de Machado de Castro e no âmbito do projeto EU no musEU, que visa a estimulação cognitiva e o bem-estar global deste público específico. Foram criadas três estórias, depois adaptadas em SPC e aplicadas por quatro participantes oriundos do EU no musEU. Teve por objetivo avaliar as vantagens destes materiais como facilitadores das competências de comunicação da pessoa com PNC. E perceber das mais-valias das narrativas de obras de arte em SPC no apoio a uma visita auto gerida, e inclusiva, destas pessoas e seus cuidadores, em contexto museológico. Palavras-chave: museu; perturbações neuro cognitivas; obra de arte; narrativas; comunicação aumentativa e alternativa; visita inclusiva.