2 resultados para Comportamento Alimentar
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
A qualidade do alimento é essencial para que as larvas obtenham os nutrientes necessários para um desencolvimento normal. Como as larvas de peixes marinhos têm um elevado potencial de crescimento, têm igualmente necessidades nutritivas específicas e elevadas. Copépodes são considerados o melhor alimento para a maioria das larvas marinhos, uma vez que o perfil nutricional preenche os requisitos das larvas de peixes. Os copépodes são uma uma excelente fonte de ácidos gordos insaturados (HUFAs) e poliinsaturados (PUFAs), não necessitando de enriquecimento, como a Artemia spp.. A utilização de copépodes congelados (Planktonic AS, Noruega) é uma nova e vantajosa alternativa para a aquacultura, no qual estão disponiveis durante todo o ano e mantêm a composição bioquímica ao longo do ano. Inicialmente estudou-se o comportamento alimentar do linguado face a este novo produto, pois o mesmo não apresenta movimento. Foi desenvolvido um protocolo para a coloração dos copépodes congelados. Taxa de ingestão e/ou comportamento alimentar foram avaliados quando as larvas foram alimentadas com copépodes corados, não corados e artémia. Observou-se que a coloração aumenta a ingestão de copépodes congelados pelas larvas de peixe, embora a uma taxa inferior quando comparado com a artémia. O objetivo deste estudo foi desenvolver um protocolo alimentar à base de copépodes congelados, em substituição das presas habitualmente utilizadas (rotíferos e artémia), durante o período larvar do linguado, Solea senegalensis. Foram testados 2 protocolos alimentares, 50:50 e Agressivo, com a substituição de 50% e 90%, respectivamente, de presas vivas do protocolo alimentar para liguado habitualmente utilizado na Estação Piloto de Piscicultura de Olhão (EPPO), sendo este consideradoo Controlo. O ensaio larvar decorreu desde a abertura de boca até aos 40 dias após a eclosão (DAE). As amostras foram recolhidas periodicamente para avaliar o crescimento, sobrevivência e a condição nutricional das larvas, através da determinação do índice ARN:ADN e da proteína total. Para avaliar a condição das pós-larvas, peixes de todos os tratamentos foram sujeitos a um desmame aos 40 DAE, com uma dieta inerte com incorporação de 10% de copépodes. O desempenho dos peixes foi seguido até aos 50 DAE. As larvas do tratamento Controlo apresentaram maior crescimento e uma maior taxa de ingestão de presas vivas, no entanto as larvas do protocolo 50:50 apresentaram um melhor índice de ARN:ADN. Estes dados sugerem que para o linguado, os copépodes podem substituir quase 50% das presas vivas.
Resumo:
Vários estudos revelam que fatores relacionadas com o estilo de vida, como os hábitos alimentares inadequadas e o sedentarismo, contribuem para o aumento de número de casos da obesidade infanto-juvenil. O tema em estudo nesta investigação são os hábitos alimentares dos jovens portugueses associadas à influência que os media e redes sociais poderão ter. Estes são o segmento da população mais suscetível de não ter um comportamento alimentar correto. A importância de perceber de que forma os seus hábitos alimentares podem ser alterados e/ou influenciados pelos media e redes sociais, deriva da existência de poucos estudos que aprofundam esta temática. Assim, os objetivos desta dissertação consiste em compreender os hábitos dos adolescentes e relacioná-los com as campanhas de marketing efetuadas pelas empresas alimentares utilizando como veículo os media e redes sociais. Desta forma, participaram neste estudo 246 estudantes do 7º ano ao 12º ano de escolaridade de duas escolas, Agrupamento Vertical de Escolas de Peniche e Agrupamento da Escola D. Luís Ataíde, no Cacém. A investigação consistiu na aplicação de um questionário (com caráter confidencial), que permitiu conhecer os hábitos alimentares dos adolescentes, calcular o IMC e percecionar o conhecimento que os jovens têm do seu corpo, bem como do que é ou não saudável. A caracterização resultante proporcionou assim inormação atual, permitindo avaliar de que forma os media e as redes sociais influenciam a alimentação destes jovens. Os resultados globais revelaram que a amostra é maioritariamente constituída por adolescentes do género feminino (53,%). Notar que na sua maioria, os pais têm um nível de escolaridade de ensino básico (44,3%). Em termos de comportamentos alimentares, os hábitos detetados apontam para uma alimentação rica em gorduras e açúcar. Em termos de atividade física, apenas metade dos inquiridos afirma realizar desporto com alguma regularidade. Verificou-se ainda que os jovens em estudo passam cerca de 2 a 4 horas na internet, e cerca de 3 horas a ver televisão, confirmando hábitos de sedentarismo. A maioria dos adolescentes refere fazer as três refeições principais (pequeno almoço, almoço e jantar), mas uma grande parte continua sem o hábito de merendar entre as refeições, prolongando assim os períodos de jejum para além do aconselhado.Os resultados obtidos nesta investigação tornam-se relevantes e reveladores, dado que permitem compreender (ainda que empiricamente) como os media e redes sociais facilitam a acessibilidade do conhecimento sobre produtos alimentares, pouco sadáveis, mas apelativos o suficiente para impulsionar o consumo imediato desses ou outros produtos similares. Cientes da dificuldade que pode haver, estamos em crer que deveriam ser tomadas medidas preventivas relativas aos comportamentos alimentares, as quais deveriam ser integradas no plano de atividades das escolas e ações de sensibilização. Para além disso, estas deveriam incidir junto dos pais e empresas do setor alimentar, uma vez que os seus papéis perante os adolescentes assumem uma preponderância vital para o bem estar dos nossos adolescentes.