4 resultados para Cloro ativo

em Instituto Politécnico de Leiria


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Um dos fenómenos mais significativos da sociedade contemporânea, com tendência a acentuar-se, é o aumento da população idosa, que tem vindo a constituir um sério desafio, não só na área da saúde mas também no campo social, cultural, económico e político, ao qual ninguém pode ficar indiferente. Com o projeto que concebemos e implementámos pretendemos dar o nosso contributo na área da animação sociocultural, não apenas como agentes de mudança mas, sobretudo no desenvolvimento de ferramentas para enriquecer e formar os idosos promovendo o seu envelhecimento digno, saudável e ativo. Neste âmbito, pretendemos verificar que o contacto entre os idosos e as imagens de obras de arte lhes faculta a aquisição de novas aprendizagens, infundindo ânimo e participação crítica, favorecendo o crescimento não só pessoal mas também grupal. Seguindo uma metodologia de investigação-ação, desenvolvemos uma sequência de atividades, em contexto de lar, envolvendo idosos com idades entre os 59 e os 88 anos. A avaliação do projeto permitiu-nos constatar que os idosos que convivem com o mundo das artes (imagens de pinturas de obras de arte) aprendem não só a “olhar” mas sim a refletir e a apreciar, estimulando assim a sua capacidade cognitiva. De igual modo, através da promoção do diálogo, mantêm a sua vida social ativa.

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Assistimos a um acelerado processo de envelhecimento demográfico. A população está cada vez mais envelhecida, surgindo a necessidade de promover e incentivar o Envelhecimento Ativo. Este é contínuo, difere de pessoa para pessoa, podendo ser compreendido e influenciado por diversos fatores. As alterações familiares levam a uma reorganização na própria visão do indivíduo ao longo da sua trajetória de vida. O objetivo deste estudo é compreender de que modo as trajetórias familiares influenciam o envelhecimento ativo. A metodologia utilizada foi qualitativa e a recolha de dados obteve-se através de entrevistas semiestruturadas. Foram selecionados 4 sujeitos, 2 homens e 2 mulheres, entre os 70 e os 77 anos, residentes em meio rural e urbano. A análise incidiu sobre as trajetórias familiares ao longo da infância, juventude, idade adulta e pós-reforma. Os resultados constatam que, na infância, a família foi um suporte sólido. Apesar da educação rígida típica da época, os progenitores incentivaram a escolaridade e autonomia dos sujeitos. Na juventude, o fenómeno da emigração esteve presente, tendo sido uma etapa marcada pela falta de liberdade, pela diferença de género e entrada no mundo laboral. Na fase adulta, todos namoraram, primando o respeito, casaram e constituíram família. Nesta fase, também marcada por algumas perdas, todos eles se mantiveram ativos profissionalmente e ao nível do lazer. A entrada na reforma foi vivida com naturalidade, sem implicações familiares, continuando ativos. As conclusões revelam que a família foi importante em todo o ciclo vital, destacando-se a relação mantida com os seus ascendentes, descendentes e cônjuges.

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Os indicadores do envelhecimento demográfico sugerem desafios de impacto no ajustamento da sociedade portuguesa ao crescente aumento da população idosa e, com este, vai aumentando igualmente a preocupação com a qualidade de vida desta população, e com o envelhecimento ativo. A responsabilidade de ajudar o idoso a envelhecer com qualidade é de todos nós e por isso é urgente olhar os novos tempos do presente como tempos em que dar um sentido à velhice deverá fazer parte dos desafios da vida de cada um de nós, e em especial dos técnicos de intervenção social, no sentido de ajudar o idoso a encontrar o seu sentido de vida no presente, como força geradora e motivadora da construção do seu futuro. Fundamenta-se assim a escolha deste estudo científico intitulado “Vidas de idosos. Reviver o passado para construir um futuro mais ativo”. Com o objetivo de perceber se é ou não possível os técnicos de intervenção em envelhecimento ativo conciliarem o conhecimento da história de vida de um idoso, com o projeto de vida fundamental para a sua qualidade de vida, (re)desenhando o seu projeto de vida, no diálogo com ele mesmo, conciliando os interesses do passado com as suas perspetivas presentes e futuras, foram estudados três idosos independentes, autónomos, em que todos aderiam às atividades propostas pela instituição, em duas instituições distintas. Em função destes objetivos e numa tentativa de entender o significado que os idosos dão às suas vidas ou a aspetos circunscritos dela, optei por uma abordagem qualitativa que permite recolher e refletir os aspetos enraizados dos indivíduos, os seus hábitos quotidianos e nos dão acesso ao seu mundo subjetivo, em contraste com a despersonalização dos estudos estatísticos. Nesta perspetiva, recorri à metodologia etnográfica, e dentro desta à metodologia das histórias de vida, através da realização de diversas entrevistas profundas aos três sujeitos estudados, que foram sistematizadas em sinopses de cuja análise de conteúdo foram retirados os dados que permitiram chegar às conclusões deste estudo científico. Só em espaços de participação onde os técnicos de intervenção sejam mediadores, com um olhar holístico sobre o idoso, e onde é prioritário respeitar as diferenças, é possível ajuda-lo a (re)desenhar o seu projeto de vida e a construir um futuro com mais significado para si, por isso mais positivo e com mais qualidade de vida.