3 resultados para Caraterísticas clínicas
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
Análises clínicas compostas podem ser aplicadas com o objetivo de economizar recursos quando se pretende classificar uma população (identificar todos os indivíduos infetados) na qual a taxa de prevalência é diminuta, apesar de reduzir a fiabilidade da classificação. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo comparar o desempenho de várias metodologias de classificação (ensaios individuais, metodologia de Dorfman, algoritmos hierárquicos e testes baseados em arrays com e sem master pool), nomeadamente o custo relativo (número esperado de testes para a classificação de cada indivíduo) e a probabilidade de existência de erros de classificação (medida pela especificidade e pela sensibilidade de cada metodologia). Assim, as usuais técnicas de simulação (realizadas recorrendo ao software estatístico R) foram aplicadas a populações com distintos cenários, usando diferentes taxas de prevalência, várias dimensões do grupo, bem como diversos níveis de sensibilidade e de especificidade. Ao longo deste trabalho foi assumido que o agrupamento dos sangues (criação do sangue composto) não afeta a probabilidade de má classificação (ausência do efeito de diluição), como é comprovado por muitas análises qualitativas (presença ou ausência da infeção). As simulações realizadas mostram que os testes compostos só podem ser recomendados em casos com baixas taxas de prevalência e baixas probabilidades de erros de classificação, sendo possível identificar a metodologia mais adequada para cada caso em função da sua taxa de prevalência, sensibilidade e especificidade. Além disso, sempre que a taxa de prevalência, a sensibilidade e a especificidade são conhecidos (ou, pelo menos, estimativas razoáveis estão disponíveis), simulações podem ser realizadas para identificar a metodologia mais adequada, e, deste modo, encontrar um ponto de equilíbrio entre o custo e a fiabilidade da classificação.
Resumo:
Introdução: Vários estudos afirmam que a hipotonia das estruturas orofaríngeas está diretamente relacionada com a Roncopatia, sendo esta altamente prevalente em idosos. Um instrumento que avalie as caraterísticas miofuncionais orofaríngeas vai proporcionar um melhor conhecimento das alterações inerentes ao Ronco. Objetivos: Realizar a adaptação, para o Português Europeu, do protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial MBGR - adaptado para AOS e Ronco; Realizar a validação cultural da adaptação, para o Português Europeu, do protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial MBGR – adaptado para AOS e Ronco; Identificar as caraterísticas Miofuncionais Orofaciais de um grupo de indivíduos com Roncopatia. Metodologias: Adaptação do referido instrumento para o Português Europeu e consequente validação cultural, realizada por peritas de Língua Portuguesa e peritas em Motricidade Orofacial tendo sido igualmente aplicado a 8 indivíduos com Roncopatia. Resultados: Após as várias fases de adaptação do protocolo e aplicação a 8 elementos chegou-se ao protocolo adequado para medir o constructo a que se propõe. 6 indivíduos com Roncopatia são do sexo feminino. 100% da amostra apresenta a língua no assoalho da boca, como posição habitual, sendo que 87% tem uma largura de língua aumentada. 6 elementos da amostra têm o palato duro alto e estreito. O palato mole é identificado com assimetria e uma grande extensão. Metade da amostra apresenta úvula muito longa. Conclusões: O protocolo padronizado, aqui apresentado, é fundamental para nortear o tratamento, diminuindo as alterações Miofuncionais Orofaciais, reduzindo o ronco e melhorando a qualidade de sono do indivíduo.
Resumo:
Introdução: Existem caraterísticas miofuncionais orofaciais inerentes à Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), doença gradualmente mais prevalente no decorrer do envelhecimento. É essencial um instrumento para avaliação pormenorizada destas caraterísticas. Objetivos: Realizar a adaptação para o Português Europeu do Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial MBGR - adaptado para AOS e Ronco; Realizar a validação cultural da adaptação realizada; Identificar as caraterísticas miofuncionais orofaciais de um grupo de indivíduos com SAOS. Metodologias: A adaptação do protocolo referido para o Português Europeu e respetiva validação cultural, foi realizada por peritas em Motricidade Orofacial (MO) e por peritas em Língua Portuguesa tendo o mesmo sido aplicado a 16 indivíduos com SAOS. Resultados: Após a primeira fase da adaptação para o Português Europeu do Protocolo, durante a validação cultural realizada por peritas em MO através de um “Focus Group” houve necessidade de proceder a alterações. Na aplicação aos indivíduos verificou-se que 15 são do sexo masculino. 100% da amostra de indivíduos com SAOS apresentou alterações na postura em repouso da língua e alterações relativas à sua altura e largura, bem como aumento do comprimento do palato e úvula, com alterações significativas nas funções que recrutam a sua contração isométrica. Conclusões: Existem caraterísticas miofuncionais orofaciais prevalentes na SAOS, como a hipotonia e hipofunção da musculatura da língua, palato mole, úvula, lábios e bochechas. O Terapeuta da Fala deve efetuar a avaliação padronizada destas caraterísticas para realizar uma intervenção que vise modificá-las.