2 resultados para Agentes emocionais

em Instituto Politécnico de Leiria


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A presente investigação analisa o papel dos enviesamentos cognitivos no processo de tomada de decisão financeira. Neste sentido, procurou-se verificar se os fenómenos psicológicos influenciam os indivíduos no processo da tomada de decisão num contexto de incerteza. Para a concretização do estudo, utilizou-se uma amostra de 530 estudantes do Instituto Politécnico de Leria distribuídos por quatro cursos de Licenciatura: Contabilidade e Finanças, Engenharia Informática, Engenharia Mecânica e Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Como metodologia, utilizou-se um questionário que foi posteriormente aplicado e respondido presencialmente entre os meses de novembro e dezembro de 2015. Os resultados obtidos indicam que não foram encontrados evidências estatisticamente significativas para comprovar a observação dos efeitos referentes ao enviesamento de excesso de confiança mensurado através do nível de experiência de investimento em mercado de capitais e através do sexo dos inquiridos. Também não foram encontrados evidências estatísticas significativas que comprovam os efeitos dos enviesamentos disponibilidade e conservadorismo/representatividade. Não obstante, para os restantes enviesamentos ancoragem e efeito disposição, os resultados obtidos indicam que existem evidências estatísticas que os indivíduos no processo da tomada decisão são influenciados por fatores cognitivos. Deste modo, através da comparação das respostas dos estudantes das duas áreas de formação (Ciências Empresariais e Engenharia), foi verificado que o efeito ancoragem é refletido na tomada de decisão dos estudantes consoante a natureza dos cursos, o que indica que o conhecimento adquirido através da formação é uma aspeto relevante. Por fim, os resultados do estudo confirmam ainda que os estudantes no processo da tomada de decisão num contexto de incerteza tendem a ser avesso ao risco no domínio dos ganhos e propenso ao risco no domínio das perdas.

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As infecções nosocomiais têm aumentado ao longo dos anos, resultando num aumento do tempo de permanência do doente no hospital, e permanecem como elevada causa de elevada morbilidade e mortalidade. As micobactérias são organismos que se encontram amplamente distribuídos no meio ambiente (M. mucogenicum, M. obuense e M. gordonae), incluindo, habitats marinhos (Mycobacterium marinum), sendo muitos deles patogénicos de mamíferos, e causadores de diferentes patologias, como a Lepra e a Tuberculose. M. marinum causa uma doença sistémica tal como tuberculose em peixes e pode causar infecções da pele em seres humanos (Granuloma de Aquário) que se podem propagar para estruturas mais profundas como ossos (osteomielite). Enquanto que M. obuense é causador de infecções do tracto respiratório, M. mucogenicum e M. gordonae promovem bacteremias. Este estudo teve como principal objectivo a identificação das populações bacterianas e o seu isolamento, em particular micobactérias ambientais em dois hospitais, que sabe serem responsáveis, cada vez mais por infecções atípicas como bacteremias (M. mucogenicum e M. gordonae), infecções pulmonares (M. obuense) e infecções cutâneas (M. marinum). Pretendeu-se também avaliar a resistência aos antibióticos e desinfectantes comummente utilizados no tratamento de infecções causadas por micobactérias não tuberculosas (MNT) através do cálculo da Concentração Mínima Inibitória (CMI) para aferir os perfis de resistência. Os resultados deste estudo demonstram a identificação de 186 espécies de bactérias em dois hospitais amostrados das quais se identificaram 5 estirpes de micobactérias – “M. gardonae” (10AIII, 29AIII e 35AIII), “M. obuense” (22DIII) e “M. mucogenicum” (24AIII). Das 5 estirpes de micobactérias identificadas “M. gardonae” 10AIII apresenta perfil de resistência ao imipenemo (CMI = 16 mg/L); “M. gardonae” 29AIII apresenta perfil de resistência à claritromicina (CMI = 8 mg/L) e “M. gardonae” 35AIII apresenta, por sua vez, apenas perfil de susceptibilidade intermédia ao imipenem (CMI = 8 mg/L). M. obuense 22DIII apresenta perfil de resistência ao imipenem (CMI = 32 mg/L), à tobramicina (CMI=32 mg/L) e à ciprofloxacina (CMI = 8 mg/L). “M. mucogenicum” apresenta perfil de resistência ao sulfametoxazol (CMI > 128 mg/L), à doxiciclina (CMI>64 mg/L), à tobramicina (CMI=16 mg/L) e à ciprofloxacina (CMI=4 mg/L).Em conclusão pôde-se verificar que além da presença de um grande leque de bactérias capazes de causar infecções nosocomiais nos hospitais, MNT também existem na forma multirresistente, o que revela uma problemática a ter em atenção. Esta requer mais estudo dos mecanismos de resistência e da sua disseminação, e obtenção de novos medicamentos com novos alvos, mais eficazes para combater as estirpes multirresistentes que ao longo dos anos tem aumentado.