2 resultados para Academias literárias
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo a implementação de um projeto de criações músico-literárias em contexto de CATL. Os participantes deste projeto compreenderam um grupo de dezasseis crianças em contexto de CATL, com idades entre os seis e os doze anos. Estas frequentam o 1º e 2º Ciclos de escolas do Concelho de Leiria. Assumindo a diferença evidente de idades nos participantes, as atividades foram idealizadas de forma a serem transversais e equilibradas, privilegiando a livre criação, a descoberta, os momentos de trabalho em grupo e valorização de ideias de cada criança. No decorrer do projeto, foram implementadas várias sessões com ênfase nas áreas da literatura e da música. Na primeira, o foco foi a criação de histórias. Propuseram-se exercícios de invenção que incentivaram a criatividade, através da leitura, de jogos literários e da criação de histórias através de vários estímulos criativos. Conjuntamente pretendeu-se recorrer a processos orientados de criação na área da música, através de experiências com ritmos, sons, intensidades, experimentação de vozes, busca de sons no corpo e nos instrumentos e gravação resultante dessas experimentações. Valorizou-se durante o projeto a exploração de potencialidades criativas e expressivas advindas do vínculo da música e da literatura, onde se trabalharam os ambientes sonoros e as vozes de uma história criada integralmente pelas crianças participantes. Este estudo foi centrado numa metodologia de investigação qualitativa. Os instrumentos aplicados, permitiram recolher os dados com profundidade e abrangência, desde entrevistas, mini-inquéritos, grelhas de observação de comportamentos e atitudes, notas de campo e portefólio. Finalmente, este projeto teve impacto no desenvolvimento de perceções positivas face à musica e à literatura para a infância.
Resumo:
A agricultura é um dos setores que garante a sustentabilidade das economias mundiais e permite combater a pobreza, contudo, para tal, tem que recorrer aos pesticidas, que visam garantir um maior rendimento da produção, protegendo as culturas dos organismos nocivos. A utilização de pesticidas não apresenta só vantagens, sendo a principal desvantagem a presença de resíduos de pesticidas nos alimentos que consumimos, dos quais fazem parte as frutas. Neste contexto, o presente estudo, teve por objetivo contribuir para a realização de uma avaliação qualitativa do risco da exposição ao mancozebe por ingestão de peras, produzidas na região Oeste de Portugal (pera rocha), pela população residente nessa mesma região. O mancozebe é um fungicida que pertence ao grupo dos etilenobisditiocarbomatos (EBD’s) e é um dos pesticidas mais utilizados pelos agricultores, devido a sua baixa toxicidade aguda. No presente estudo foi calculada a Ingestão Diária Máxima Teórica (IDMT) para o mancozebe, os valores da concentração do pesticida na fruta e os dados de consumo alimentar. A caracterização do risco foi feita comparando-se a IDMT com as doses diária aceitáveis (IDA) obtidas para cada categoria de população estudada (crianças em idade pré-escolar, crianças, jovens, adolescentes, adultos e seniores). Para tal, foram analisadas peras provenientes de cinco agricultores que entregam a sua fruta na central frutícola (Ecofrutas, Lda). As análises ao mancozebe foram efetuadas por um laboratório externo (Kudam, Lda.), mensalmente (de Setembro a Fevereiro e em Junho de 2013) nas peras não lavadas e, em Junho, nas peras lavadas. Com o objetivo de caracterizar o perfil sociodemográfico, o padrão de consumo e o comportamento do consumidor de pera rocha, realizou-se um questionário, em nove concelhos da região Oeste de Portugal (Bombarral, Cadaval, Alcobaça, Torres Vedras, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche e Lourinhã) tendo sido a amostra de 400. Sobre o perfil sociodemográfico do consumidor habitual de pera rocha verificou-se que são adultos (18,8%), com idades compreendidas entre os 26-54 anos, tem por habilitações literárias o ensino básico (59,2%) encontram-se empregados (60,8%) e o seu agregado familiar é composto por adultos (61,5%). O padrão de consumo é o seguinte: os consumidores habituais do fruto consomem uma pera/dia (66,9%), ao almoço (24,1%) e 64,3% mencionou não possuir nenhum membro do seu agregado familiar que seja consumidor habitual de pera rocha. O estudo do comportamento do consumidor, antes do consumo da pera rocha, evidenciou que os inquiridos conservam as peras na fruteira (61,2%), têm por hábito lavar o fruto antes do consumir (88,8%) com casca (38,8%) e que a maior parte da amostra compra a sua fruta no supermercado (49,1%). No que diz respeito à altura em que a pera rocha é consumida, em maior quantidade, observou-se que é no verão (37,9%), uma vez que é a época da colheita do fruto. Quanto à caracterização do risco efetuada, verificou-se que não existe risco associado ao consumo diário de uma, duas ou três peras, uma vez que a IDMT não ultrapassou a IDA (%IDA> 100) nas categorias de população estudadas (crianças em idade pré-escolar, crianças, jovens, adolescentes, adultos e seniores). No presente estudo, as categorias de população que apresentaram uma maior % IDA, pelo consumo diário de uma ou duas peras foram as crianças em idade pré-escolar e a categoria das crianças, quando estas consomem três peras/dia.