3 resultados para Água do mar

em Instituto Politécnico de Leiria


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As previsões mais recentes, e em relação à “crise” da água, apontam para que até ao ano de 2025 quase dois terços da humanidade possa vir a sofrer com a escassez de água potável, afetando praticamente todos os países do mundo, incluindo os países desenvolvidos, a menos que haja uma redução da procura e/ou o desenvolvimento de novas fontes de água potável. Face ao atual panorama mundial de escassez de água potável, devido às alterações climáticas, deficiente gestão e exploração dos recursos hídricos e crescente procura de água para a agricultura, consumo doméstico e industrial, a dessalinização da água do mar apresenta-se como uma solução segura e confiável para fazer face a este problema. Nesta dissertação são descritas as várias técnicas de dessalinização da água do mar em uso corrente, assim como as novas tecnologias e aplicações futuras. De todas as técnicas, a Reverse Osmosis (RO) foi tratada com mais detalhe neste estudo, por ser das técnicas mais utilizadas em todo mundo e porque é a mais promissora em termos de custo/benefício, mesmo em regiões onde antes a sua aplicação era impensável. Esta dissertação foca aspetos importantes relacionados com o processo da dessalinização, nomeadamente, os impactes ambientais e relação custo/benefício associados ao processo, e as perspetivas futuras. Finalmente procedeu-se a uma análise do processo de dessalinização aplicado à situação de Cabo Verde, onde os recursos hídricos de água potável são escassos, e a dessalinização apresenta-se como a principal fonte de água potável para abastecimento público.

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Devido à acumulação atmosférica de CO2 antropogénico, a pressão parcial de dióxido de carbono (ρCO2) na água do mar aumenta e o pH diminui. Atualmente, este processo conhecido como a acidificação dos oceanos, está a ocorrer a um ritmo mais rápido do que em qualquer outro momento dos últimos 300 milhões de anos, o que leva a um desafio ecológico para os organismos marinhos a nível mundial. Embora este processo afete significativamente mais os organismos marinhos que sintetizam exosqueletos de calcário ou conchas, ainda não está claro como este processo irá afetar organismos calcificados internamente, tais como peixes marinhos. Embora se pense que os peixes adultos são relativamente mais tolerantes a níveis elevados de CO2 ambiental, sabe-se muito pouco sobre a sensibilidade dos estágios iniciais de vida, que são geralmente mais vulneráveis às mudanças ambientais do que os juvenis e os adultos. Determinar que espécies marinhas são sensíveis ou tolerantes aos elevados níveis de CO2 e redução do pH é fundamental para prever os impactos da acidificação dos oceanos nas cadeias alimentares marinhas e nos ecossistemas nos próximos 300 anos. O presente estudo aborda o efeito da acidificação dos oceanos sobre os estágios iniciais de desenvolvimento de três espécies comercialmente importantes, Solea senegalensis, Diplodus sargus, Argyrosomus regius. Estas espécies foram sujeitas a diferentes níveis de pH e ρCO2 (pH 8.0, ~400 μatm; pH 7.8, ~1000 μatm; pH 7.6, ~2000 μatm) desde a fase do ovo até à abertura de boca. Os resultados deste estudo sugerem que a exposição das fases iniciais de vida de Solea senegalensis e Diplodus sargus a elevadas concentrações de CO2 podem levar a taxas de eclosão e crescimento reduzidas e taxas de sobrevivência e peso seco elevados. Quando comparado com os níveis atuais de ρCO2 (400 ppm), a exposição de embriões Argyrosomus regius a 1000 μatm aumentou a sua sobrevivência, crescimento e comprimento total ao fim de 3 dias após eclosão. Não se detetaram diferenças significativas entre tratamentos no que respeita à organogénese e às dimensões e morfologia do ovo. De uma forma geral, este estudo parece indicar que Diplodus sargus e Solea senegalensis são substancialmente mais suscetíveis aos efeitos fisiológicos da acidificação dos oceanos do que Argyrososmus regius que está presumivelmente melhor adaptada às variações das condições ambientais, devido ao seu rápido desenvolvimento e ampla distribuição geográfica.

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O presente relatório é o resultado do trabalho desenvolvido ao longo de 1640 horas de estágio no centro de Thalasso-SPA do Hotel Costa Calero em Lanzarote. SPA, palavra com origem no latim Salute Per Aqua, significa “saúde pela água” e a talassoterapia deriva do latim Thalasso que significa “mar” e therapea, que quer dizer tratamento. Em suma, o centro de Thalasso-SPA onde o estágio foi realizado utiliza a água do mar e as suas propriedades nos serviços que oferece aos seus clientes. Este é um trabalho desenvolvido no âmbito das áreas do turismo e da sustentabilidade uma vez que é do interesse da hotelaria proteger o ambiente natural em que se insere já que este faz parte do “produto” que oferece aos clientes. São objetivos deste trabalho, fazer um levantamento, em termos de existência de boas práticas ambientais de ações desenvolvidas no referido SPA; sugerir algumas recomendações para melhorar a performance ambiental no turismo; proporcionar abertura e sugerir outros trabalhos relacionados com esta temática e por fim, apresentar um guia orientador com boas práticas quer para clientes, quer para o STAFF do SPA. Como resultado dos conteúdos aprendidos durante a parte prática, são feitas duas propostas de Manual de Boas-Práticas. Estes foram elaborados, em vista o seu aproveitamento por parte do Hotel. Por fim, considera-se que esta experiência foi bastante positiva, o facto de o hotel não ter implementada uma grande estrutura de preservação ambiental permitiu que fosse possível abrir o diálogo para estas questões junto de alguns chefes de departamento. De futuro, seria interessante para o Hotel Costa Calero desenvolver um Manual de Boas-Praticas para todo o Hotel e, quem sabe, elaborar um relatório de sustentabilidade para apresentar aos seus clientes e parceiros.