O novo e a Tradição em Riacho Doce: Entre o Pertencimento e a Ruína
Data(s) |
11/04/2019
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Resumo |
Riacho Doce, junto a’ O Moleque Ricardo, Pureza, Riacho Doce, Água-Mãe e Eurídice, compõe uma parte da obra de Zé Lins que escapa às tradicionais leituras dos ciclos, da memória e do regionalismo. Esse romance, em particular, sofreu ainda maior ataque da crítica, que leu, no protagonismo do estrangeiro, uma tentativa fracassada do autor de inovar e escapar ao rótulo de memorialista. Este artigo, a partir da análise do romance, procura expor como José Lins do Rego, ao trazer uma protagonista estrangeira e dedicar toda a primeira parte da história à sua infância na Suécia, inovou sim, mas para operar uma complexificação dos elementos que unem sua obra e inseri-los em uma longa trajetória do pertencimento que une o nacional e o estrangeiro, a tradição e o novo. Através dessa trajetória da protagonista, Edna, vemos a terra como eixo organizador do romance, desde sua profunda crise do não pertencimento na juventude até sua perspectiva, perante o novo, atravessar o mar e invadir de cheio o conhecido conflito entre tradição e mudança, dotando-o de um novo olhar. Dedicando uma leitura atenta, como o fez Mário de Andrade, podemos perceber como esses elementos constroem um emaranhado de trajetórias e perspectivas em que a terra, a tradição, o novo, o estrangeiro e a busca por pertencer ou deixar de pertencer se aproximam, afastam-se e, por fim, confrontam-se. |
Formato |
application/pdf |
Identificador |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/20264 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Relação |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/20264/pdf /*ref*/ANDRADE, Mário de. O empalhador de passarinho. São Paulo: Martins, 1972. /*ref*/BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Editora Cultrix, 1990 – 95. /*ref*/BUENO, Luís. Uma História do Romance de 30. São Paulo: Campinas: Edusp; Editora da Unicamp, 2006. /*ref*/CASTELLO, Jose Aderaldo. José Lins do Rego: Modernismo e Regionalismo. São Paulo, Edart, 1961. /*ref*/COUTINHO, Afrânio; COUTINHO, Eduardo de Faria. A literatura no Brasil. V. 5. São Paulo: Global, 2004. /*ref*/GAIOTTO DE MORAES, R.; VIEIRA, V. S. Tensões identitária e culturais: o estrangeiro e o brasileiro em “Riacho Doce” (1939), de José Lins do Rego. RevLet, v. 09, nº1, p. 423 – 239, jan/jul, 2017. /*ref*/REGO, José Lins. Pureza; Pedra Bonita; Riacho Doce. Rio de Janeiro: José Olympio, 1961. |
Direitos |
Copyright (c) 2019 Línguas & Letras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 |
Fonte |
Línguas & Letras; v. 19 n. 45 (2019); http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.20180041 1981-4755 1517-7238 |
Palavras-Chave | #literatura brasileira #modernismo #José Lins do Rego |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion artigo de crítica literária artigo de crítica literária |
Contribuinte(s) |