WOMAN IN SILENT EMANCIPATION: PARCIALITY OF VICTORY IN BARREN LIVES [VIDAS SECAS]


Autoria(s): de Andrade, Maria Bevenuta Sales; Ponte, Charles Albuquerque
Data(s)

17/12/2014

Resumo

Brazilian literature critics’ theorizations concerning feminine emancipation in the modern novel tend to consider a single form of resistance, the exacerbation of sexuality, which leads characters to discrimination and subsequent punishment, often culminates into their deaths. In this sense, a hypothesis to be followed is one to state that this type of criticism underestimates the feminine power, especially in women who reached “respectability” through marriage, i.e., there are other kinds of escape to masculine oppression that do not necessarily include the use of the body. Therefore, the objective of this work is to examine a case study, of sinha Vitória in Barren lives [Vidas secas], a revealing example of empowerment potentialities of married women, through other expedients, such as intellectual superiority. Theoretically, this article dialogs with both canonical studies, including Candido (1992) and Mourão (1971), as well as contemporary ones, like Bueno (2006) and Brunacci (2008). Setting form and arriving at the ambiguity in the name sinha Vitória, the analysis could observe the assumed relevance of the character in the family, as a decision-making authority, representing an intellectual and ideological compass. However, within the unmeasured inequalities of the northeastern society in the first half of the XX Century, this highlighted position in the family and sagacity to read the surrounding world do not prevent the social oppression of her nucleus by the powerful farmers, making her victory a merely partial one.

As teorizações dos críticos da literatura brasileira sobre a emancipação feminina no romance moderno tendem a considerar uma única forma de resistência, a exarcebação da sexualidade, que leva as personagens à discriminação e subsequente punição, por vezes descambando em suas mortes. Nesse âmbito, uma hipótese a ser perseguida é a de que este tipo de crítica subestima o poder feminino, especialmente das mulheres que alcançaram a “respeitabilidade” do casamento, i.e., que há outros tipos de escape para a opressão masculina que não incluem necessariamente o uso do corpo. Assim, o objetivo deste trabalho configura-se em examinar um estudo de caso, o de sinha Vitória em Vidas Secas, um exemplo revelador das potencialidades de empoderamento das mulheres casadas, através de outros expedientes como a superioridade intelectual. Teoricamente, dialogaremos tanto com estudos canônicos, incluindo os de Candido (1992) e Mourão (1971), quanto os mais contemporâneos, como Bueno (2006) e Brunacci (2008). Partindo e chegando na ambiguidade no nome sinha Vitória, a análise pôde observar a relevância assumida pela personagem na família, como autoridade tomadora de decisões, representando uma bússola intelectual e ideológica. No entanto, dentro das desigualdades sem medida da sociedade nordestina da primeira metade do século XX, essa posição de destaque na família e atilamento para a leitura do mundo circunvizinho não impedem a opressão social de seu núcleo pelos poderosos, fazendo da sua vitória um triunfo meramente parcial.

Formato

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Identificador

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/10762

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Relação

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/10762/8050

Fonte

Línguas & Letras; v. 15 n. 30 (2014)

1981-4755

1517-7238

Palavras-Chave #Vidas secas. Sinha Vitória. Empoderamento #Vidas secas. Sinha Vitória. Empoderamento
Tipo

info:eu-repo/semantics/article

info:eu-repo/semantics/publishedVersion