A FORÇA CENTRÍPEDA DA POESIA LIRÍCA
Data(s) |
17/11/2011
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Resumo |
This study investigates the motives and the modes of confluence between lyric prose and prose, in the novel, Húmus, of Raul Germano Brandão, portuguese writer from XX century. The higher the sensibility of the man, more he understands that the mystery of poetry is in the essence of what is said and not in certain shapes. In lyric predominates the feeling, the emotion, the subjectivity, the expression of ‘self’, because the lyric matter is, exactly, the subjective world. The modern man is an anguished being, once he watches the fragmentation of his integrity, namely, his identity is being misplaced. However such anguish cannot be expressed by common words, because they cannot translate all the intensity of human pain. The expression of deep restlessness that oppresses the being demands the presence of the lyric. Insofar makes poetry, the romance text unfold itself as space of experimentation, of varied configurations, of multiple resources, that substitutes the unity of enunciator by the plurality of enouncements and assimilates uncountable proper resources of the poetry making, such as metaphors, symbols, images and allegories, turning the frontiers between poetry and prose fluid. After all, truthfully, it is the language of poetry that makes the literature exists. Este estudo investiga os motivos e os modos de confluência da poesia lírica e da prosa, no romance, Húmus, de Raul Germano Brandão, escritor português do século XX. Quanto maior for a sensibilidade do homem, mais ele entende o mistério de a poesia estar na essência daquilo que é dito e não em determinadas formas. No lírico predominam o sentimento, a emoção, a subjetividade, a expressão do ‘eu’, porque a matéria lírica é, exatamente, o mundo subjetivo. O homem moderno é um sujeito angustiado, uma vez que assiste à fragmentação da sua integridade, ou seja, sua identidade está sendo deslocada. Mas tal angústia não pode ser expressa por palavras comuns, porque elas não conseguem traduzir toda a intensidade da dor humana. A expressão da inquietude profunda que oprime o ser exige a presença do lírico. Na medida em que faz poesia, o texto romanesco desdobra-se como espaço de experimentação, de configurações variadas, de recursos múltiplos, que substitui a unidade do enunciador pela pluralidade dos enunciados e assimila inúmeros recursos próprios do fazer poético tais como metáforas, símbolos, imagens e alegorias, tornando fluidas as fronteiras entre a poesia e a prosa. Afinal, na verdade, é a linguagem da poesia que faz com que a literatura exista. |
Formato |
application/pdf |
Identificador |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/5773 10.5935/rl&l.v12i22.5773 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Relação |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/5773/4384 |
Fonte |
Línguas & Letras; v. 12 n. 22 (2011) 1981-4755 1517-7238 |
Palavras-Chave | #romance lírico #angústia #símbolos #imagens. |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |