THE GALICIAN-PORTUGUESE LYRIC AND THE 17TH-CENTURY LOVE POETRY: ARTS OF LOVE, SONGS AND WRITTEN SONGS


Autoria(s): Lachat, Marcelo
Data(s)

12/07/2016

Resumo

In this paper, we discuss important echoes of Galician-Portuguese lyric that remain in the 17th-century love lyric poetry produced in Portugal. In order to achieve this main objective, we highlight some specificities of the troubadours’ lyric and of the 17th-century poetry, particularly the fundamentally musical character of the troubadours’ songs as opposed to the fundamentally written character of the 17th-century poems. This contrast indicates that they are compositions from different times (predominantly the 13th and the 17th centuries) and produced according to distinct poetic conceptions. However, they are compositions which are also similar in many ways, and whose similarities, especially regarding the lyrical genre, point to similar quests for perfect practice of love, outlining “arts of love” understood as unsystematic precepts of loving which are practiced in poetry. In this article, we intend to show that these poetic loves are technically conceived and, as historical constructs, they differ from each other, since they are characterized by their peculiar moments of achievement. However, they are not isolated in the time. As mentioned above, the troubadours’ songs are essentially musical while the 17th-century poems, as indicated by the prevalent poetic preceptive in their time, are essentially written. Nevertheless, those trobar songs reverberate in these poems (“written songs”) and in both kinds we read and listen to similar precepts of love, as though we were in labyrinths of love echoes with no way out.

Neste artigo, discutem-se relevantes ecos da lírica profana galego-portuguesa na poesia lírico-amorosa produzida em Portugal no século XVII. Visando a esse objetivo principal, são ressaltadas algumas especificidades tanto da lírica dos trovadores quanto da poesia dos anos Seiscentos: em particular, o caráter fundamentalmente musical das cantigas contraposto ao fundamentalmente escrito dos poemas seiscentistas. Assim, essa contraposição indica que são composições de tempos diferentes (predominantemente, dos séculos XIII e XVII) e com concepções poéticas diversas. No entanto, são composições que também se aproximam em muitos aspectos e cujas semelhanças, em especial quando se trata do gênero lírico, apontam para similares buscas da perfeita prática do amor, delineando “artes de amar” entendidas como preceitos técnico-amorosos que, não sistemáticos, são praticados em poesia. Neste trabalho, pretende-se mostrar que esses amores poéticos são elaborados tecnicamente e, enquanto construtos históricos, são diversos, porque marcados pelos seus peculiares momentos de realização, mas que não são amores isolados no tempo. Como já mencionado, se as cantigas do trovar são essencialmente musicais, os poemas seiscentistas, conforme a preceptiva poética predominante no século XVII, são essencialmente escritos; porém, nestes cantos escritos ressoam aquelas cantigas e, nuns e noutras, leem-se e ouvem-se semelhantes preceitos de amar, como em labirintos sem saída de ecos de amor.

Formato

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Identificador

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/13254

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Relação

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/13254/10549

Fonte

Línguas & Letras; v. 17 n. 36 (2016)

1981-4755

1517-7238

Palavras-Chave #literatura portuguesa #poesia seiscentista #lírica galego-portuguesa #artes de amar
Tipo

info:eu-repo/semantics/article

info:eu-repo/semantics/publishedVersion