DIALECTICAL ASSESSMENT BY THE MATCHED GUISE METHOD


Autoria(s): Botassini, Jacqueline Ortelan Maia
Data(s)

15/09/2013

Resumo

Beliefs and behavior towards language are usually uniform in a spoken community which means that they are shared by the members of certain community. Those behaviors, being either positive or negative, are not revealed when the speaker is directly questionned about different dialects. In with the purpose of applying them to the respondents so that they are unaware of the investigation goal.  Among the several indirect assessments, the most known is the matched guise method, proposed by Lambert (2003 [1967]). It consists of presenting the collected data to a group of “referees” (listeners who measure or assess the recorded speakers’ interviews). The recorded interviews consists of speakers reading aloud the same passage of a text. The referees’s duty is to listen to the recordings and measure each speaker’s personal traces, using only the vocal clues and the reading.  This work, based on Linguistic Beliefs and Behaviors Studies, brings the results obtained by means of a questionnaire adapted from the matched guise method, aiming to assess cariocas (from Rio de Janeiro), gauchos (from Rio Grande do Sul) and Northern Parana respondents, regarding their three different linguistic varieties. For the assessment, referees were not informed whether they would listen to different kinds of linguistic varieties or if they were produced by speakers of different dialects as well. One of the varieties represented, in fact, the own referee’s dialect. Forty-eight Maringa dwellers responded to the interview. Thirty-two of them were born in other states (16 cariocas and 16 gauchos). Results showed positive assessment related to gauchos, signaling to a preference for that dialect. As to carioca’s dialect, the assessment was also positive and close to the gauchos’, only 2% percentage difference.  As to Northern Parana speakers, however, results showed negative assessment, signaling to rejection or prejudice towards the speaking group.

Em uma comunidade de fala, as crenças e as atitudes em relação à linguagem são, geralmente, uniformes, isto é, são compartilhadas pelos membros dessa comunidade. Tais atitudes, que podem ser positivas ou negativas, normalmente não se manifestam quando o falante é questionado diretamente sobre diferentes dialetos. Para inferir e medir essas atitudes, desenvolveram-se técnicas de medição indireta,  as quais  se aplicam ao informante sem que ele tenha consciência do propósito da investigação. Dentre as medições indiretas, a mais conhecida é a técnica matched guise, proposta por Lambert (2003 [1967]), a qual consiste em apresentar a um grupo de “juízes” (ouvintes que farão julgamentos) gravações de falantes de diferentes dialetos lendo a mesma passagem de um texto. A esses juízes é requerido que ouçam as gravações e que avaliem as características pessoais de cada falante usando apenas as pistas vocais e de leitura. Este trabalho, baseado nos estudos de Crenças e Atitudes linguísticas, apresenta os resultados obtidos por meio de um questionário adaptado da técnica matched guise, com o objetivo de verificar a avaliação de informantes cariocas, gaúchos e norte-paranaenses em relação a essas três variedades linguísticas que foram por eles ouvidas, sem, entretanto, informar-lhes que se tratava de gravações de fala de pessoas de procedências distintas e que, portanto, possuíam dialetos diferentes, um dos quais representava o dialeto do próprio informante “juiz”. Para tanto, realizaram-se entrevistas com 48 informantes residentes na cidade de Maringá, no Norte do Paraná, dos quais 32 são naturais de outros estados, a saber, 16 são do Rio de Janeiro e 16 são do Rio Grande do Sul. Os resultados a que se pôde chegar revelaram que as avaliações positivas apresentaram-se mais destacadas em relação ao dialeto gaúcho, evidenciando uma situação de preferência por esse dialeto. Quanto ao dialeto carioca, percebe-se uma avaliação muito próxima da do gaúcho, com diferenças percentuais em torno de 2%.  Já em relação ao dialeto norte-paranaense, os resultados informam que há certa “rejeição” ou preconceito à fala desse grupo.

Formato

application/pdf

Identificador

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/8532

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Relação

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/8532/6365

Fonte

Línguas & Letras; v. 14 n. 26 (2013)

1981-4755

1517-7238

Palavras-Chave #Crenças e atitudes linguísticas #Avaliação dialetal #Técnica de medição indireta.
Tipo

info:eu-repo/semantics/article

info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Contribuinte(s)