Ecce homo - Chinua Achebe's image of Conrad


Autoria(s): Jácome Valois Vital, Michelle
Contribuinte(s)

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Data(s)

30/01/2014

Resumo

In his famous essay, "An image of Africa: racism in Conrad's Heart of Darkness", the late Nigerian writer, scholar and critic Chinua Achebe points out how the permanent place held by Joseph Conrad and his novel in the literary pantheon has contributed towards perpetuating "comforting myths" where Africa and its people serve as a coarse foil against which to show Western civilisation's refinement and achievements (ACHEBE In ARMSTRONG, 2006, p. 339). A ferocious "Ecce homo", this seems to be the bottom line of Achebe's unapologetically emotional criticism. Tainted by irredeemable eurocentrism and racism, Joseph Conrad should then be finally overthrown by critics and ostracised by the public. But, relevant and (always) timely as it is, should cultural criticism, especially when championed by an eminent, authoritative African scholar as Achebe, refuse Conrad the benefit of the doubt? Literature, genuine literature, we believe, won't pass the test of time unless it proves to be more than ideological prestidigitation and strikes a chord that is more than decorous compassion. It is by looking at Heart of Darkness as first and foremost a work of art that we attempt to outline an alternative image to the racist Conrad presented by Achebe.

Chinua Achebe, no famoso ensaio “An image of Africa: racism in Conrad’s Heart of darkness”, denuncia o efeito pernicioso da unanimidade em torno do autor e de sua novela. Segundo o escritor, acadêmico e crítico nigeriano, o lugar “indiscutível” e “permanente” de Heart of darknesse de Joseph Conrad no panteon literário contribuiria para a perpetuação de “mitos reconfortantes” em que a África e seu povo servem como tosco fundo de contraste sobre o qual realçar o refinamento e o avanço da civilização ocidental (ACHEBE In ARMSTRONG, 2006, p. 339). "Ecce homo", aponta e insiste Achebe: Conrad, eurocêntrico e racista, deve ser destronado pela crítica e ostracizado pelo público... Mas a indiscutível necessidade e relevância da crítica cultural – ainda mais se apoiada na autoridade de um estudioso negro e africano do porte de Achebe – vedaria então ao autor de Heart of darkness o benefício da dúvida? Suspeitamos que a literatura, a boa literatura, não sobrevive se for tão facilmente desmascarável, seus ardis têm mais sutileza do que a simples prestidigitação ideológica, e ferem uma corda mais sonora do que a mera compaixão decorosa. É, pois, a um olhar mais dirigido ao literário que recorremos como contraponto a esse Joseph Conrad racista, tomando como referência o ensaio de Achebe e replicando, uma a uma, a suas críticas.

Formato

application/pdf

Identificador

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/9131

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Relação

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/9131/6899

Fonte

Línguas & Letras; v. 14 n. 27 (2013)

1981-4755

1517-7238

Palavras-Chave #Joseph Conrad #racismo #Chinua Achebe
Tipo

info:eu-repo/semantics/article

info:eu-repo/semantics/publishedVersion