Language and Labour Centrality in Quarto de Despejo
Contribuinte(s) |
Cnpq |
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Data(s) |
15/12/2014
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Resumo |
Language is essential to mankind and it is a means to interact with nature. Another important element in the discursive constitution of the subject is labour; through it men transform themselves and the surrounding society and this is one of the most ontologically salient features of it. In this sense, this article analysis the literary representation of language and labor world in Quarto de despejo, by Carolina Maria de Jesus. As a theoretical framework to discuss concepts of labour it is adopted Marx (1996); Engels (1990) and Lukács (2004) whose works investigate that universe. Bakhtin/Volochínov (1986), to reflect on language; Bosi (2002), to analyze literature as a field of resistance and Candido (1976), to consider the interactions between text and context. As a result of this investigation, it was concluded that language, represented by the work of a writer, has a central role in the life of Carolina, because it is through language that the author develops a social critique of the oppressive scenario in which she lives, transcending it in a certain measure. Carolina's work, garbage collector, is not an element of satisfaction in her life, but a meaningless activity and worthless human. However it is through the precarious work universe that language constitutes itself, unfolding as a hybrid between the material world and literary expedients. A linguagem é elemento central para a constituição do ser humano, pois, além de ser mediadora entre os homens e as coisas, recria o mundo exterior e, nesse processo, o homem se constitui enquanto ser social. Assim como a linguagem, outra centralidade importante na instituição do sujeito é o trabalho, também elemento ontológico e formador do homem. Buscou-se analisar neste artigo, como ocorre a formalização discursiva da linguagem e do trabalho na literatura, e a obra em foco é Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus. Como horizonte teórico linguístico, valemo-nos de Bakhtin/Volochínov (1986); para o entendimento do trabalho partimos das concepções de Marx (1996); Engels (1990) e Lukács (2004). No cenário brasileiro, a obra de Bosi (2002) auxiliou-nos a refletir acerca da literatura enquanto campo de resistência em um mundo degradado e de Candido (1976) no sentido das articulações entre texto e contexto. Como resultado da análise considera-se que a linguagem, corporificada no trabalho imaterial da escrita, tem um papel central na vida da autora, pois é por meio dela que a obra realiza uma denúncia social, possibilitando certa transcendência para a autora. O trabalho, por sua vez, longe de ser um elemento de satisfação na vida da autora, configura-se como uma atividade ausente de sentido e de valor humano. Todavia, é desse universo precário do trabalho material desqualificado que a sua linguagem também se faz, constituindo-se enquanto híbrido entre o pragmático e o literário. |
Formato |
application/pdf |
Identificador |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/9753 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Relação |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/9753/8013 |
Fonte |
Línguas & Letras; v. 15 n. 29 (2014) 1981-4755 1517-7238 |
Palavras-Chave | #Literatura Brasileira #Linguagem #Trabalho. |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |