O claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova de Coimbra. Estudo arquitectónico do sistema hidráulico implementado com a reforma barroca


Autoria(s): Tavares, Pedro; Salema, Sofia; Pereira, Fernando Baptista
Contribuinte(s)

Póvoas, Rui Fernandes

Mateus, João Mascarenhas

Data(s)

31/01/2017

31/01/2017

01/12/2016

Resumo

Este artigo pretende incidir sobre a história da construção do claustro do Mosteiro de Santa Clara- -a-Nova de Coimbra, em particular na reforma que ocorre a partir de 1737. É sobre a tutela de protagonistas do Ciclo do Aqueduto que esta se opera, reflectindo preocupações não só estilísticas como políticas, inerentes à saúde dos povos. Propomo-nos analisar a história da construção, a tratadística e o estudo da arquitectura da água no claustro, através do desenho e da análise documental. A traça do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (1648) é da autoria do engenheiro-mor do reino Frei João Turriano. A documentação relativa à obra sugere que é sua a planta universal, que estabelece as principais linhas orientadoras do cenóbio. Será ainda segundo a sua traça que, em 1722, se inicia a construção do claustro. Na sequência da ruína de uma ala, em 1737 é pedida a demolição da abóbada do lado do olival. É sobre a direcção de Custódio Vieira que se inicia a reforma estrutural do piso térreo, alterando definitivamente a sua tipologia original. Custódio Viera e o seu sucessor, Carlos Mardel, para além de alterarem a estrutura, introduzem a arquitectura da água, característica da cultura tratadística com base na política de felicidade dos povos, ligada às correntes do iluminismo (Carreira,2012; pp.3,4). A obra encetada no claustro a partir de Vieira é caracterizada por um conjunto de fontes que compõem o espaço, as quais fazem parte de um complexo sistema hidráulico, o qual deveria concluir-se com a construção do novo Aqueduto de Santa Clara (1789) de Manuel Alves Macomboa. A partir do estudo documental e da elaboração de desenhos do claustro, propõe-se relacionar a tratadística com o sistema construtivo empregue, que resulta num modelo híbrido, onde se conjugam diferentes culturas arquitectónicas.

Identificador

http://hdl.handle.net/10174/20483

CHAIA

pedro.manuel.tavares@sapo.pt

ssalema@uevora.pt

fernandoabpereira@gmail.com

739

Idioma(s)

por

Publicador

Rui Fernandes Póvoas e João Mascarenhas Mateus

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Claustro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova #tratadística arquitectónica #Reforma Barroca do Ciclo do Aqueduto.
Tipo

article