Ingestão proteica na infância e risco de obesidade


Autoria(s): Jesus, Sílvia Catarina Fonseca de
Contribuinte(s)

Rocha, Júlio César

Data(s)

05/01/2017

05/01/2017

2016

Resumo

Trabalho Complementar apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de licenciada em Ciências da Nutrição

Relatório de Estágio apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de licenciada em Ciências da Nutrição

Introdução: A obesidade é uma doença crónica não transmissível que afeta milhões de indivíduos em todo o mundo, traduzindo-se numa acumulação excessiva de gordura. Maioritariamente em resultado de um desequilíbrio energético positivo, acarreta frequentemente consequências metabólicas importantes, comprometendo a saúde física e psicológica. O tema assume uma maior importância quando é percetível o aumento vertiginoso do número de crianças que apresentam excesso de peso e/ou obesidade. O excesso de ingestão proteica (IP) tem sido apontado como um fator promotor da obesidade. Objetivo: Analisar a relação entre ingestão proteica na infância e risco de obesidade. Métodos: O método utilizado consistiu na revisão de artigos científicos publicados desde o ano 2000 até ao presente ano na plataforma online Pubmed, com as palavraschave “protein”, “intake”, “childood”, “obesity”, “BMI”. A pesquisa incluiu artigos em português e inglês, realizados em humanos e com avaliação do IMC, velocidade de crescimento ou massa gorda. Foram incluídos estudos clínicos e observacionais que avaliavam a ingestão proteica nos primeiros dois anos de vida e a sua relação com risco de obesidade em idade pediátrica. Dos 303 artigos iniciais, foram selecionados 21 que cumpriam os critérios. Resultados: Dos 21 estudos, 11 analisam a ingestão proteica durante o período de amamentação. Destes, 10 apresentaram uma associação positiva entre a ingestão proteica e a velocidade de crescimento. A massa gorda foi avaliada apenas em 3 dos 11 estudos, sendo que em 2 deles a associação mostrou-se positiva. Dos 21 estudos, 14 avaliam o período de alimentação complementar, sendo que 12 destes associam de forma positiva a ingestão proteica com um maior valor de IMC. A massa gorda foi avaliada em 5 estudos, tendo sido encontrada uma associação positiva com IP em 4. Conclusão: A excessiva ingestão proteica na infância parece induzir uma maior velocidade de crescimento e apresenta associação com um maior IMC em idade pediátrica. Estes fatores parecem levar a uma maior acumulação de gordura, e, portanto, a um maior risco de obesidade na infância.

Background: Obesity is a chronic non-communicable disease that affects millions of individuals worldwide, resulting in excessive fat accumulation. Mostly as a result of a positive energy balance, it has often important metabolic consequences, affecting the physical and psychological health. The issue is of utmost importance when it is noticeable the staggering number of children who are overweight and / or obese. Excessive protein intake (PI) has been implicated as an obesity promoter. Objective: To analyze the relationship between protein intake in childhood and obesity risk. Methods: The method used was the scientific articles revision published since 2000 to the current year on the online platform Pubmed with the keywords " protein" , "intake " , " childhood " , " obesity" , " BMI " . The search included articles in Portuguese and English, in human and including BMI evaluation, growth rate or body fat. Both clinical and observational studies were included, evaluating the protein intake in the first two years of life and its relation to obesity risk in children. Out of the 303 original articles 21were selected. Results: Out of the 21 studies, 11 analyzed protein intake during breastfeeding. From these, 10 showed a positive association between protein intake and growth rate. Fat mass was only measured in 3 of the 11 studies , and in 2 of them the association was positive. Out of the 21 studies, 14 assessed the complementary feeding period, and in 12 of these, a positive association between protein intake and increased BMI was found. Fat mass was evaluated by 5 studies, and a positive association with PI was found in 4. Conclusion: Excessive protein intake in childhood appears to induce a higher growth rate and associates with an increased BMI in children. These factors appear to lead to increased fat accumulation, and thus to a greater risk of childhood obesity.

N/A

Identificador

http://hdl.handle.net/10284/5727

Idioma(s)

por

Publicador

[s.n.]

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Ingestão proteica #Obesidade Infantil #Protein ingestion #Childhood obesity
Tipo

bachelorThesis