Ser(mos) com e sem cancro we-ness no casal


Autoria(s): Santos, Inês Jorge
Contribuinte(s)

Patrão, Ivone Alexandra Martins

Data(s)

26/11/2016

26/11/2016

2016

Resumo

Dissertação de Mestrado apresentada no ISPA – Instituto Universitário para obtenção do grau de Mestre em Psicologia especialidade de Psicologia Clínica.

O objetivo desde estudo é compreender se o “We-ness” aumenta quando se verifica a presença da doença oncológica numa tónica de comparação de casais com cancro e casais sem cancro e verificar a perceção que os casais têm face ao “We-ness” e ao significado deste sentimento. A evidência de estudos ao nível do individuo, como membro do casal, e da doença oncológica tem sido maioritária na literatura, daí que o foco e inovação deste estudo seja o “Nós”/“We”, no qual se observam dois membros, isto é, dois “Eu”/”I”, que se envolvem no sentimento de “We-ness”. A amostra é constituída por 218 indivíduos (N=218), ou seja, 108 casais, entre os quais 36 casais com cancro (32.7%) e 72 casais sem cancro (66,4%). Foi utilizado o instrumento quantitativo We-ness Questionnaire (Miranda, Patrão & Gouveia (in press), Validação do questionário We-ness - versão reduzido; Pacheco, 2014, Versão original; Miranda, 2015, adaptação e tradução portuguesa) e um guião de entrevista semiestrutrada, com perguntas abertas que permitem compreender o significado do “Weness” para os casais. Foi possível verificar que existem diferenças significativas no sentimento de “We-ness” em casais com e sem cancro e, particularmente, este sentimento é superior em casais sem cancro (M=4.210). Nos casais com cancro verificaram-se diferenças significativas no sentimento de “We-ness” entre géneros, nos indivíduos portadores da doença. Os indivíduos do sexo masculino manifestam um sentimento de “We-ness” mais elevado (Mm=3.840; Mf=3.496). Já nos casais sem cancro, não se verificaram diferenças significativas no sentimento de “We-ness” entre géneros (Mm=4.199; Mf=4.219); e, por fim, não se verificaram diferenças significativas no sentimento de “We-ness” entre géneros, nos casais com cancro, no que respeita aos indivíduos não portadores da doença (Mm=3.585; Mf=3.787). O estudo qualitativo demonstra que o “We-ness” se manifesta e e que a doença oncológica não promove a sua diminuição ou aumento. Perante estes resultados, verificamos a importância que estas informações têm ao nível da intervenção psico-oncológica, bem como avaliamos a necessidade de aprofundar o estudo do “We-ness”, agora numa perspetiva qualitativa, onde se considere a história de cada individuo para que seja possível compreender o sentimento de “We-ness”, de um “Nós”, que é composto por dois indivíduos independentes, com uma história individual que influencia a dinâmica do casal.

The main goal of this study is to understand if the “We-ness” increases when in a couple are presence of an oncological illness comparing to a couple without this disease and to verify if there are perception of “We-ness” and its significant feeling. Evidence from previous studies at an individual level, as a member of a couple with an oncological disease has been majority in the literature. So the focus and innovation of this study is the "We”, where observing two members instead of one in order to realize what is involved in the sense of "We-ness". The sample of the study is composed by 218 individuals (N=218), which means 108 couples, where 36 of them suffers or had suffer an oncological illness (32.7%) and 72 couples perfectly healthy (66.4%). It was used the quantitative instrument We-ness Questionnaire (Miranda, Boss & Gouveia (in press), questionnaire validation We-ness - reduced version; Pacheco, 2014, version original; Miranda, 2015, adaptacion and portuguese translacion) and a semi-structured interview guide with open questions that allow us to understand the meaning of "We-ness" for couples. It was possible to verify that there are significant differences in the feeling of "We-ness" in couples with and without an oncological disease, mainly this feeling is higher in couples with no cancer (M=4.210). In couples with cancer there were also major differences in the feeling of "We-ness" in gender, in the individual with the disease. The males expressed a sense of "We- ness" higher (Mm=3.840 Mf=3.496); In couples without cancer, there were no significant differences in the feeling of "We-ness" in gender (Mm=4.199; Mf=4.219). There were no significant differences in the feeling of "Weness" between gender, in couples with cancer, in the individuals which do not have the disease (Mm=3.585; Mf=3.787). The qualitative study shows evidence that the “We-ness” manifests and that the oncological illness do not support its increases or decreases. Through these results, it is possible to see the importance that this information has in psychooncological level intervention, and to evaluate the need for further study of the "We-ness", in a more qualitative perspective, where we consider the history of each individual, so that we can understand the feeling of "We-ness" as an "We", which is composed of two independent individuals with a personal past that influences the dynamics as a couple.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.12/5095

201262240

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Palavras-Chave #We-ness #Casal #Casal com cancro #Cancro #We-ness #Couple #Couple with cancer #Cancer #Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia
Tipo

masterThesis