Estudo da utilizaçäo dos glúcidos em dietas para robalo (Dicentrarchus labrax)

Dissertação de mest. em Estudos Marinhos e Costeiros- Ramo de Aquacultura, Unidade de Ciências e Tecnologia dos Recursos Aquáticos, Univ. do Algarve, 1995

Em teleósteos, a investigação para conhecimento do metabolismo e das necessidades metabólicas é de grande interesse por forma a produzirmos a melhor dieta ao mais baixo custo. Entre as espécies marinhas com potencialidades de produção encontra-se o robalo {Dicenírarchus labrax). No presente trabalho, fornecemos a três grupos de animais dietas isoenergéticas, isoproteicas e isolipídicas em que fizémos variar a fonte dos carbohidratos utilizando amido de batata cru (dieta AC), amido de batata gelatinizado (dieta AG) e amido de trigo micronizado (dieta TM). Comparámos os crescimentos obtidos e acompanhámos a evolução pós-prandial durante 24 horas dos metabolitos glucose e ácidos aminados livres totais no plasma e glicogénio hepático no fígado. Os nossos resultados parecem indicar a não influência do estado físico do amido no metabolismo da nutrição em robalo e a aceitação de alguma quantidade de carbohidratos na dieta por esta espécie. Porém, novos ensaios são necessários por forma a optimizar as condições de crescimento, por um lado e a determinar outros metabolitos e hormonas que possam estar relacionados com o metabolismo intermediário dos carbohidratos, por outro.

In teleost físhes, it is very important to determine the metabolic rate and metabolic requirements in order to be able to produce the best diet at a low price. The seabass {Dicenírarchus labrax) is a marine species with hight production potential. In the present work, 3 groups of animais were fed isoenergetic, isoproteic and isolipidic diets with different carbohydrates sources: raw potato starch (diet AC), gelatinized potato starch (diet AG) and wheat starch (diet TM). The growth and postprandial evolution of determined metabolites (plasma glucose, free amino acids and hepatic glucogene) were compared. Our results suggest that the physical state of starch does not affect the metabolism in seabass and that this species can accept some carbohydrates in the diet. However, further experiments are necessary for the determination of other metabolites that might interfere with the intermediate metabolism of carbohydrates.