Micropartículas poliméricas para entrega de fármacos por via pulmonar com efeito local


Autoria(s): Arruda, Carla Patrícia Raposo
Contribuinte(s)

Grenha, Ana

Data(s)

02/06/2016

02/06/2016

2014

2014

Resumo

Dissertação de Mestrado, Ciências Biomédicas, Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina, Universidade do Algarve, 2014

A administração de agentes terapêuticos realiza-se por diversas vias anatómicas, destacando-se a via pulmonar que vem sendo amplamente estudada para tratamento local de afeções respiratórias como asma, doenças obstrutivas crónicas ou infeções microbianas. A utilização desta via na terapia de patologias respiratórias apresenta várias vantagens sobre a administração sistémica, pois evita o metabolismo hepático associado à absorção intestinal, alguns efeitos secundários decorrentes e aumenta a biodisponibilidade do agente terapêutico. Para que se tenha um efeito terapêutico localizado é necessário um adequado sistema de transporte do fármaco, sendo exemplo destes os sistemas microparticulados. A deposição das micropartículas nas vias respiratórias requer que o transportador tenha um tamanho aproximado de 5 a 6 μm, sabendo-se que com menos de 2 μm a deposição ocorre na região alveolar. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de micropartículas poliméricas para potencial aplicação na entrega local de fármacos a nível pulmonar. As micropartículas foram produzidas pelo processo de atomização, tendo-se testado a associação de fármacos modelo quer de caráter hidrofílico (isoniazida e teofilina) quer de caráter hidrofóbico (prednisolona). O quitosano e a goma guar parcialmente hidrolisada foram os polímeros utilizados como matriz das micropartículas. O método de atomização permitiu uma eficaz associação dos fármacos, produzindo-se micropartículas com rendimento de 64% a 84% e diâmetro Feret entre 1 e 2 μm. Estas apresentam densidade real aproximada de 1.5 g/cm3, densidade aparente de compactação aproximada de 0.45 g/cm3 e um diâmetro aerodinâmico teórico que varia entre 1.3 e 2.3 μm. Os sistemas tiveram eficácias de encapsulação que variaram entre 68% e 88%. O perfil de libertação dos fármacos mostrou que ocorre a completa libertação dos fármacos após 45-90 minutos (nos sistemas de quitosano) ou 30 minutos (nos sistemas de goma guar). Os ensaios de citotoxicidade demonstraram a ausência de toxicidade das formulações. Este conjunto de resultados demonstra que as micropartículas de quitosano e goma guar parcialmente hidrolisada têm potencial na entrega local de fármacos por via pulmonar.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.1/8375

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Palavras-Chave #Atomização #Micropartículas #Goma guar parcialmente hidrolisada #Quitosano #Via pulmonar #Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias
Tipo

masterThesis