Vasculites cerebrais na doença inflamatória intestinal


Autoria(s): Pimenta, Rita Figueiredo
Contribuinte(s)

Ferro, José

Data(s)

09/08/2016

09/08/2016

2014

Resumo

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

Cerebral vasculitis has been considered as a possible complication of Inflammatory Bowel Disease (IBD), but the clinical presentation is nonspecific and definitive diagnosis requires brain biopsy. Methods: We performed a systematic review of cerebral vasculitis and IBD. Results: We identified 15 clinical cases, 8 had Crohn's disease (CD) and 7 had Ulcerative Colitis (CU). Neurological symptoms were focal in 7 patients (50,0%) and encephalopathy in 7 (50,0%), manifesting acutely in 6 (42,9%). Twelve patients (85,7%) already had a diagnosis of IBD and in 11 cases (91,7%) IBD was active or medicated. Only 4 cases (26,7%) were confirmed by brain biopsy, and 11 (73,3%) by imaging tests. Changes were seen in the CSF in 6 patients (66,7%) and inflammatory parameters in 9 (75,0%), vasculitis-associated auto-antibodies were present in 2 (16,7%), and other risk factors for cerebral thrombosis in 3 (30,0%). Six patients (42,9%) were treated with an immunosuppressant, and 12 (92,3%) recovered. Conclusion: The rarity of suspected cases and lack of confirmation of these, suggest that cerebral vasculitis should not be the first diagnosis hypothesis in brain neurological symptoms in IBD.

A vasculite cerebral tem sido considerada como uma possível complicação da Doença Inflamatória Intestinal (DII), mas a sua apresentação clinica é inespecífica e o diagnóstico definitivo exige biópsia cerebral. Métodos: realizou-se uma revisão sistemática sobre a vasculite cerebral associada à DII. Resultados: Identificámos 15 casos clínicos, 8 tinham Doença de Crohn (DC) e 7 tinham Colite Ulcerosa (CU). Os sintomas neurológicos foram focais em 7 doentes (50,0%) e de encefalopatia em 7 (50,0%), manifestando-se de forma aguda em 6 (42,9%). Doze doentes (85,7%) já tinham diagnóstico de DII e em 11 casos (91,7%) esta estava ativa ou medicada. Apenas 4 casos (26,7%) foram confirmados por biópsia cerebral, e 11 (73,3%) por exames de imagem. Verificou-se alterações no LCR em 6 doentes (66,7%) e nos parâmetros inflamatórios em 9 (75,0%), serologia para vasculite positiva em 2 (16,7%), e outros fatores de risco para trombose cerebral em 3 (30,0%). Seis doentes (42,9%) foram tratados apenas com um imunossupressor, e em 12 (92,3%) houve recuperação. Conclusão: A raridade de casos suspeitos e a carência de confirmação destes, sugere que a vasculite cerebral não deve ser das primeiras hipóteses de diagnóstico num quadro neurológico encefálico na DII.

Identificador

http://hdl.handle.net/10451/24528

Idioma(s)

por

Direitos

restrictedAccess

Palavras-Chave #Neurologia #Vasculite do sistema nervoso central #Doenças inflamatórias intestinais #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Tipo

masterThesis