Organismos marinhos em estudo na Península Ibérica, com fins de utilização em saúde sensu lato: estado da arte em 2015

Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz

Neste trabalho reuniram-se artigos de estudos sobre organismos marinhos com o foco na saúde, realizados na Península Ibérica, entre 2011 e 2015. A contabilização e análise de artigos visou contextualizar a situação de Portugal e Espanha face aos estudos sobre organismos marinhos com aplicação em saúde. Desde o século XV, vários eventos foram importantes para o desenvolvimento de estudos marinhos na Península Ibérica, sendo os mais relevantes em Espanha: a “Expedição Malaspina”, a realização do Simpósio Ibérico de Estudos de Biologia, e em Portugal foram realizados os cruzeiros oceanográficos. Em ambos os países surgiu o programa europeu “Horizonte 2020”. Atualmente é necessário salientar a importância da ZEE de Portugal e Espanha, pois através delas são exploradas os recursos que o Mar nos oferece. Assim, surgiram os Produtos naturais marinhos, que se prevê serem desafiantes e promissores em saúde, em temas como por exemplo, alergias, anticancerígeno, resistência a antibióticos, antivirais, diabetes e doenças neurodegenerativas. Os organismos marinhos estudados na Península Ibérica pertencem aos Filos: Actinobacteria, Apicomplexa, Arthropoda, Ascomycota, Bryozoa, Chordata, Clorophyta, Cnidaria, Cyanobacteria Echinodermata, Haptophyta, Heterokontophyta, Mollusca, Ochrophyta, Porifera, Proteobacteria, Rhodophyta. As universidades e instituições estudadas foram: IMEA, U.Coruña, U.Salamanca, U.Vigo, U.Alcalá, U.Madrid, U.Complutense University of Madrid, Autonomous University of Madrid, U.Malaga, U. Politecnica de Cartagena,U. Murcia,U. Almeria, U. Miguel Hernandez, U. Granada, U.Alicant, U.Seville, U.Valencia, U.I.Baleares, U. Jaume, U. Rovira i Virgilli, U.Vic, U. Girona, U.Barcelona, IPIMAR, IPMA, CIIMAR, Pharmamar, Centre d’Estudis Avançats de Blanes e CEAB-CSIC. Os artigos contabilizados no estudo foram 64, dos quais 31 realizados em Espanha e 33 em Portugal. As propriedades terapêuticas que se destacam nos estudos da Península Ibérica são 7, tais como, antimicrobiana, antioxidante, fármacos contra doenças proliferativas, antitumoral, antifúngica, anti-inflamatória e antiviral.