Formação e trabalho: tradição e inovação nas práticas docentes
Data(s) |
26/07/2016
26/07/2016
2015
|
---|---|
Resumo |
No quarto capítulo – intitulado Formação e trabalho: tradição e inovação nas práticas docentes – ilustra-se uma perspetiva pedagógica onde é possível perceber, através dos processos formativos no contexto dos programas nacionais de formação contínua, a emergência de múltiplas possibilidades pedagógicas favorecedoras do processo cooperativo de aprendizagem. A temática em questão exigiu um quadro concetual sobre os processos de formação de profissionais que recupera a herança das práticas pedagógicas à luz do que foram acumulando e (re)elaborando no decorrer da experiência profissional, seja perante processos de mudanças instituídas, seja perante inovações instituintes. As questões de investigação orientam-se para apreender que visão têm os professores, os coordenadores (também formadores) e os formadores sobre o trabalho colaborativo entre professores e de que forma pensam que os Programas de Formação Contínua teriam contribuído para a promoção desse tipo de trabalho. O objetivo é compreender as práticas pedagógicas dos professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico numa perspetiva colaborativa, importando delimitar o modo como os atores se organizam objetiva e subjetivamente na prática quotidiana e como valorizam a interação, considerando ainda a formação que realizaram e pressupondo que ela tenha tido efeitos construtivos na sua ação. Os principais resultados desta investigação permitem problematizar as condições de possibilidade de transformação das práticas profissionais e perspetivar os contextos de trabalho como espaços e tempos próprios para os professores trabalharem em conjunto, encorajando à experimentação de novas gramáticas pedagógicas suportadas numa cultura de colaboração. O estudo realizado mostra uma tensão na docência entre discursos e intenções, pois percebe-se que, por vezes, o que dizem fazer num contexto profissional onde prevalece um padrão de trabalho isolado e uma cultura individualista, em termos de estratégias em sala de aula e fora dela, é condicionado por perspetivas e orientações de grupos formais e informais que influenciam os seus valores e crenças e condicionam formas de se assumirem perante si e perante os outros, como transmissivos e individualistas, ligados a uma forte cultura pedagógica tradicional. Na verdade, independentemente do ciclo ou nível de ensino, as conceções e práticas dos professores relativamente ao trabalho escolar e à sua organização são marcadas pela tensão entre a retórica da colegialidade docente e a socialização num padrão de trabalho fragmentado, celular e solitário. |
Identificador |
Mesquita, Elza; Formosinho, João; Machado, Joaquim (2015) - Formação e trabalho: tradição e inovação nas práticas docentes. In Formosinho, João; Machado, Joaquim; Elza, Mesquita Formação, trabalho e aprendizagem: tradição e inovação nas práticas docentes. Lisboa: Edições Sílabo. p. 19-41. ISBN 978-972-618-792-9 978-972-618-792-9 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Edições Sílabo |
Relação |
http://www.silabo.pt/Conteudos/7929_PDF.pdf |
Direitos |
restrictedAccess http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ |
Palavras-Chave | #Formação e trabalho docentes #Culturas profissionais #Programas de Formação Contínua |
Tipo |
bookPart |