Teoria da arte hacker : estética, diferença e transgressão tecnológica


Autoria(s): Hora, Daniel de Souza Neves
Contribuinte(s)

Medeiros, Maria Beatriz de

Data(s)

27/05/2016

27/05/2016

27/05/2016

23/04/2015

Resumo

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Departamento de Artes Visuais, Programa de Pós-Graduação em Arte, 2015.

Este trabalho trata da constituição de uma teoria da arte hacker amparada pela estética e a filosofia contemporânea da diferença. Com essa fundamentação, propomos conceitos relativos os aspectos sensoriais de produções artísticas orientadas pela livre exploração e transgressão da tecnologia. Nosso objetivo é contribuir para uma teoria crítica capaz de lidar efetivamente com as influências da tecnologia informacional sobre a qualidade fenomênica e política do que se considera artístico, em conexão com as controvérsias em torno da ação hacker. Para isso, assumimos que hackear é produzir diferença, conforme McKenzie Wark. Em retrospectiva, revisamos então os paradigmas da heterologia de Jacques Derrida e de Gilles Deleuze. Compomos assim um sistema de análise em que a desconstrução da linguagem derridadiana se conjuga com o empirismo transcendental deleuziano. Esse sistema é empregado no exame de um conjunto selecionado de trabalhos de arte (de nomes como Jodi, Eva & Franco Mattes, Lucas Bambozzi, Electronic Disturbance Theater e Critical Art Ensemble), além de sua respetiva discursividade documental – textos de artistas e teóricos, comentários e informações multimídia agregadas à circulação em suportes físicos e virtuais. Submetemos esses dados a um processo indutivo de interpretação de linguagem e especulação materialista. Os resultados indicam a relevância da interação objetiva-subjetiva que é intrínseca à transdução entre o código computacional e sua corporificação. Essa situação se expressa em interceptações, pirataria, coletivismo, acidentalidade, transitoriedade territorial e práticas ativistas intermediárias entre linguagem e biopolítica. _____________________________________________________________________________ ABSTRACT

This thesis deals with the constitution of a hacker art theory based on aesthetics and contemporary philosophy of difference. Following those theories, we propose concepts related to the sensory features of the artistic production driven by the free exploration and transgression of technology. Our aim is to contribute to a critical theory that can effectively deal with the influences of the information technologies on the phenomenal and political quality of what is considered art, in conjunction with controversies over hacking. To achieve this goal, we assume that to hack is to differ, according to McKenzie Wark. We also review in retrospect the heterology paradigms by Jacques Derrida and Gilles Deleuze. Thereby, we compose an analytic system in which Derridadian deconstruction is combined with Deleuzian transcendental empiricism. This system developed in this thesis is employed in the examination of a selected set of artworks (by authors such as Jodi, Eva & Franco Mattes, Lucas Bambozzi, Electronic Disturbance Theater and Critical Art Ensemble), along with their respective documentary discursiveness – texts of artists and theoreticians, reviews and multimedia information associated with their distribution through physical and electronic media. We submit the collected data to an inductive process of language interpretation and materialistic speculation. The outcomes indicate the relevancy of the objective-subjective interaction that is intrinsic to the transduction between computational code and its embodiment. Such situation express itself in interceptions, piracy, collectivism, accidentality, territorial transience and practices of activism that intermediates language and biopolitics. ______________________________________________________________________________ RESUMEN

Esta tesis se ocupa de la constitución de una teoría del arte hacker basada en la estética y la filosofía contemporánea de la diferencia. Con ese razonamiento, proponemos conceptos relativos a los aspectos sensoriales de producciones artísticas que se guían por la exploración y la transgresión libres de la tecnología. Nuestro objetivo es contribuir para una teoría crítica que sea capaz de hacer frente efectiva a la influencia de las tecnologías de la información sobre la calidad fenomenal y política de lo que se considera arte, en relación con las controversias en torno a la acción hacker. Para ello, asumimos que hackear es producir diferencia, según McKenzie Wark. En retrospectiva, revisamos los paradigmas de la heterología de Jacques Derrida e Gilles Deleuze. Componemos así un sistema de análisis en el que la deconstrucción del lenguaje de Derrida se combina al empirismo trascendental de Deleuze. Ese sistema se utiliza en el análisis de un conjunto seleccionado de obras de arte (de nombres como Jodi, Eva & Franco Mattes, Lucas Bambozzi, Electronic Disturbance Theater y Critical Art Ensemble), además de su respectivo campo discursivo documental – textos de artistas y de teóricos, crítica e información multimedia agregadas a la circulación en medios físicos y virtuales. Sometemos los datos recogidos a un proceso inductivo de interpretación de lenguage y especulación materialista. Los resultados indican la importancia de la interacción objetiva/subjetiva que es intrínseca a la transducción entre el código y sus formas de corporificación. Esa situación se expresa en interceptaciones, piratería, colectivismo, accidentalidad, transitoriedad territorial y prácticas de activismo intermediarias entre el lenguaje y la biopolítica.

Identificador

HORA, Daniel de Souza Neves. Teoria da arte hacker: estética, diferença e transgressão tecnológica. 2015. 316 f. Tese (Doutorado em Arte)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

http://repositorio.unb.br/handle/10482/20590

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Open Access

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Palavras-Chave #Arte e tecnologia #Estética #Teoria da mídia
Tipo

Tese / Thesis