Cartilha do silêncio: sob o signo da modernidade e da memória


Autoria(s): Medeiros, Maria Helissa de
Contribuinte(s)

Santos, Derivaldo dos

05165927423

http://lattes.cnpq.br/3178545011622748

65158598487

http://lattes.cnpq.br/8615666365895204

Oliveira, Izabel Cristina da Costa Bezerra

47448016415

http://lattes.cnpq.br/5488651272402673

Dias, Valdenides Cabral de Araújo

34172157491

http://lattes.cnpq.br/9467435917159475

Data(s)

03/03/2016

03/03/2016

26/03/2014

Resumo

This research starts from the presupposition that Cartilha do Silêncio(1997), a novel by the Brazilian writer Francisco Dantas, has a double articulated shift. One of the moves is towards the modern experience, with the idea that modernity is filled with contraries, as remarked by Nietzsche; the other is linked to the livelihoods ashore on traditional experiences, which encompasses the notion of memory as individual and collective ownership. The aim here is to analyze such perspective, social and critical issues within the characters' life stories that regards the calling of past as clear example that tradition is not gone, though modern life presents its own signs. Such dynamics gives to the plot a paradoxal feature. This work is mainly grounded on Marshall Berman' s thoughts in All That Is Solid Melts Into Air: The Experience of Modernity (1982) as well as on Antoine Compagnon'sFive Paradoxes of Modernity (1994). Assuming that Francisco Dantas' Novel is set as a split narrative, outcome of social memory originated on individual experiences aside social process and patriarchal family, this research brings into play the concept of memory by Jacques Le Goff in History and Memory (1992) along EcléaBosi's study in Memória e Sociedade: lembranças de velhos (1979). Keen to check how Cartilha do silêncio adjoins modern livelihoods with aesthetics order, the method articulates text and context, literary and social life, according to Antonio Candido'sLiteratura e Sociedade (1965). Thus, after reading the novel, it is possible to notice how the identity of the characters are built throughout the plot and it is also kept against settling on its social context during the transition from patriarchal tradition to modernity, creating a taut mood between both registries.

Esta pesquisa parte do pressuposto de que o romance Cartilha do silêncio, de Francisco Dantas, constitui-se de um duplo movimento, articulado um ao outro. Um voltado para a experiência moderna com a ideia de que a modernidade está impregnada de contrários, como nos lembra Nietzsche; outro vinculado a modos de vida baseados na experiência tradicional, que engloba a noção de memória como propriedade individual e coletiva. Interessa-nos, pois, analisar questões voltadas para o campo crítico-social que permeiam a vida e a história das personagens do romance, no que se refere à evocação do passado como instância de permanência da tradição em relação ao que apresenta como elementos constituintes da vida social moderna, o que dá à narrativa seu caráter paradoxal. Para subsidiar nossa análise, teremos como principal fundamentação teórica as reflexões de Marshall Berman constantes no livro Tudo que é sólido desmancha no ar e na obra Os cinco paradoxos da modernidade, de Antoine Compagnon. Tendo em vista que o romance de Francisco Dantas se configura como uma narrativa fragmentada decorrente da representação da memória social que remonta o tempo e as experiências individuais à margem de um processo social e de uma família patriarcal, a pesquisa se desenvolve à luz do conceito de memória de Jacques Le Goff, presente em História e Memória, e das reflexões de Ecléa Bosi, em Memória e Sociedade: lembranças de velhos. O método adotado em nossa investigação articula texto e contexto, o literário e a vida social, conforme a perspectiva de Antonio Candido, em Literatura e Sociedade, a fim de verificar como em Cartilha do silêncio modos da vida social moderna se conjugam à ordem estética. Nesse sentido, ao ler o romance foi possível perceber como a identidade das personagens se constrói durante a narrativa e se mantém resistente à acomodação no seu contexto social na transição da tradição patriarcal para a modernidade, criando uma atmosfera de tensão entre os dois registros.

Identificador

MEDEIROS, Maria Helissa de. Cartilha do silêncio: sob o signo da modernidade e da memória. 2014. 106f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.

http://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/19926

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Brasil

UFRN

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM

Direitos

Acesso Aberto

Palavras-Chave #Tradição #Modernidade #Memória #Regionalismo #CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Tipo

masterThesis