Substâncias psicoativas de venda legal em smart shops: princípios ativos e formas de deteção


Autoria(s): Mata, Pedro Duarte Ferreira
Contribuinte(s)

Quintas, Alexandre

Data(s)

22/06/2016

22/06/2016

01/10/2013

Resumo

Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz

O aparecimento de novas substâncias psicoativas com estatuto legal recentemente introduzidas no mercado e comercializadas pela internet ou em smart shops tem vindo a ganhar a atenção dos governos de todo o mundo. Estes produtos, designados de legal highs, incluem uma grande variedade de compostos, como sais de banho, incensos, comprimidos, fertilizantes, spices entre outras formas, todas supostamente não indicadas para consumo humano. Apesar da falta de identificação de todos os constituintes destes produtos, diversos estudos identificaram moléculas com propriedades psicoativas, como os derivados de piperazinas, catinonas sintéticas, kratom, S. Divinorum e canabinóides sintéticos. Estes últimos constituem produtos muitas vezes utilizados como alternativas à canábis e, como tal, vistos como naturais e seguros pelos consumidores, o que não corresponde à verdade, sendo responsáveis por inúmeras hospitalizações. Assim, este trabalho focar-se-á nestes compostos, que são agonistas dos recetores canabinóides CB1 e CB2, tal como o Δ9-THC, principal composto psicoativo da canábis, embora, ao contrário deste, atuem na sua maioria como agonistas totais, apresentando por isso maior ocorrência de efeitos adversos com a mesma dose do que a canábis. Embora a extensão do seu metabolismo e farmacologia não sejam totalmente conhecidas, vários estudos reportam uma panóplia de efeitos adversos que inclui psicoses, alterações de humor, cognitivas, cardiovasculares, gastrointestinais, e também, potencial de abuso e síndrome de abstinência. Pelos inúmeros perigos associados a estas substâncias, os governos de muitos países, incluindo Portugal, adotaram medidas legais para impedir a sua proliferação. No entanto, este processo continua a ser um desafio pela rapidez como surgem novas moléculas que escapam ao controlo legal, mas, também, pela falta de métodos analíticos rápidos e validades de deteção destes compostos em amostras biológicas.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.26/14167

201182971

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Aminoalquilindoles #Canabinóides sintéticos #Smart shop #Substâncias psicoactivas
Tipo

masterThesis