Anti-inflamatórios não esteroides: automedicação versus regime de prescrição


Autoria(s): Nunes, Ana Patrícia Domingos
Contribuinte(s)

Silva, Filipa Alves da Costa Azevedo e

Data(s)

21/06/2016

21/06/2016

01/10/2013

Resumo

Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz

Introdução: Este estudo pretendia determinar o padrão de indicação e o perfil de utilização dos AINEs, incluindo experiência de efeitos adversos em ambulatório. Métodos: Recorreu-se a um estudo observacional transversal para estudar o padrão de indicação dos AINEs, com componente prospetiva para caracterizar o seu perfil de utilização e a incidência de efeitos adversos. A informação foi recolhida por dois questionários (T0 e T1) numa amostra de conveniência numa farmácia no concelho de Loures. Estimou-se (Epi Info versão 7), numa população de 3500 habitantes, prevalência do fenómeno de19,4%, IC 95% e erro de 3%, serem necessários 159 doentes para um ensaio piloto da componente transversal. Os dados foram analisados em SPSS v. 21. Resultados: A amostra (n=159) constituiu-se maioritariamente de mulheres (61,6%), com idade média de 55 anos (Dp = 19,88), casadas (58,5%), com o 1º Ciclo do Ensino básico (30,8%) e ativas (56,0%). Os AINEs foram maioritariamente adquiridos mediante prescrição médica (67%). Verificou-se maior recurso à automedicação entre os indivíduos analfabetos (p = 0,041). A via de administração mais prescrita foi a oral (92,2%), sendo a tópica mais frequente entre os casos de automedicação. Entre os inquiridos, 11,3% haviam experienciado previamente efeitos adversos a AINEs [ibuprofeno (38%), diclofenac (29%) e etoricoxib (14%)]; os efeitos adversos mais reportados foram as epigastralgias (52%). Entre os indivíduos que integraram a componente prospetiva (n= 31) verificou-se uma incidência de efeitos adversos de 3,2%; a adesão foi 9,7%. Discussão e conclusão: Existem diferenças no padrão de indicação de AINEs entre a automedicação e prescrição. A prevalência de efeitos adversos foi superior a 10%, consistente com a literatura. A baixa incidência observada pode resultar do curto tempo de seguimento e da reduzida amostra que integrou a componente prospetiva, indicando que existem aspetos a aprofundar em estudos futuros sobre a utilização dos AINEs na população portuguesa.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.26/14122

201183056

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #AINEs #Automedicação #Prescrição médica
Tipo

masterThesis