Contacto pele-a-pele e amamentação na primeira hora de vida


Autoria(s): Vaz, Tânia Alexandra Guimas
Contribuinte(s)

Ferreira, Manuela Maria Conceição

Duarte, João Carvalho

Data(s)

29/06/2016

28/09/2015

29/05/2015

28/09/2018

Resumo

Enquadramento – O contacto pele-a-pele na primeira hora de vida tem benefícios para a mãe e para o recém-nascido, bem como um papel importante no estabelecimento da amamentação. Objetivos – Analisar a evidência científica dos benefícios do contacto pele-a-pele e amamentação na primeira hora de vida; determinar a prevalência do contacto pele-a-pele e da amamentação na primeira hora de vida; verificar quais são os fatores (variáveis sociodemográficas, contextuais da gravidez e do parto, e variáveis relativas ao recémnascido) que interferem nas práticas do contacto pele-a-pele e amamentação na primeira hora de vida. Método – Revisão sistemática da literatura no estudo empírico I. Efetuou-se uma pesquisa na PUBMED, The Cochrane Library, Scielo e Google Académico, estudos publicados entre janeiro de 2011 e dezembro de 2014. Destes foram selecionados 4 estudos, posteriormente analisados, que tiveram em consideração os critérios de inclusão previamente estabelecidos. Dois revisores avaliaram a qualidade dos estudos a incluir utilizando a grelha para avaliação crítica de um estudo descrevendo um ensaio clínico prospetivo, aleatório e controlado de Carneiro (2008). No estudo empírico II seguiu-se um tipo de estudo quantitativo e descritivo simples, de coorte transversal, desenvolvido no serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar Cova da Beira, segundo um processo de amostragem não probabilística por conveniência (n = 382). A recolha de dados efetuou-se através da consulta dos processos clínicos, entre janeiro e dezembro de 2014, das mulheres com idade ≥ 18 anos que tiveram um parto vaginal com feto vivo após as 37 semanas de gestação. Resultados – Evidência de que o contacto precoce pele-a-pele, imediatamente após o parto, é um potencial estímulo sensorial, que abrange o aquecimento do recém-nascido e a estimulação tátil e olfativa, maior estabilização da temperatura, frequência respiratória e nível de glicémia, com diminuição do choro. Está associado à promoção espontânea da amamentação. Na amostra constituída por 382 mulheres, dos 18 aos 46 anos, verificou-se que o contacto pele-a-pele ocorreu em apenas 26,6% da amostra. Cerca de 92,6% da amostragem deu de mamar na primeira hora de vida. No grupo de mulheres em que houve contacto pele-a-pele e amamentação, prevalecem as que têm idade igual ou inferior a 34 anos (66,3%) e predomínio das mulheres que tiveram 5 ou mais consultas (95,9%) de vigilância da gravidez. Conclusão – Face a estes resultados e com base na evidência científica disponível que recomenda o contacto pele-a-pele imediatamente após o parto e promoção da amamentação na primeira hora de vida, assume-se como indispensável que os profissionais invistam na sua formação e assumam um papel importante para a realização deste contacto, estimulando e facilitando esta prática, assim como a realização de mais estudos científicos com contributos para o estabelecimento e manutenção desta prática. Palavras-chave: Contacto pele-a-pele; amamentação; primeira hora de vida.

Abstract Background - The skin-to-skin contact in the first hour of life has benefits for the mother and the newborn, as well as a major role in establishing breastfeeding. Objectives - To analyze the scientific evidence of the benefits of skin-to-skin contact and breastfeeding in the first hour of life; determine the prevalence of skin-to-skin contact and breastfeeding within the first hour of life; check which are factors (sociodemographic variables, contextual pregnancy and childbirth, variables related to the newborn) that interfere with the contact practices skin-to-skin contact and breastfeeding in the first hour of life. Method - A systematic review of literature on the empirical study I. We conducted a search in PubMed, The Cochrane Library, Scielo and Google Scholar, studies published between January 2011 and December 2014. Of these 4 studies were selected subsequently analyzed, which had into account the inclusion criteria previously established. Two reviewers assessed the quality of studies to include using the grill for critical evaluation of a study describing a prospective, random and controlled Carneiro (2008). In the empirical study II was followed by a kind of quantitative and simple descriptive, cross-sectional cohort, developed in Obstetrics Service Hospital Cova da Beira, according to a non-probability sampling process for convenience (n = 382). Data collection was made through consultation of medical records between January and December 2014, women aged ≥ 18 years who have had a vaginal delivery with a live fetus after 37 weeks of gestation. Results - Evidence that early skin-to-skin contact immediately after birth, is a potential sensory stimulus, which covers the newborn warm and tactile and olfactory stimulation, greater stabilization of temperature, respiratory rate and level of blood glucose, with a reduction of crying. It is associated with spontaneous promotion of breastfeeding. In the sample of 382 women, 18 to 46, it was found that the skin-to-skin occurred in only 26.6% of the sample. About 92.6% of the sample gave suck in the first hour of life. In the group of women where there was skin-to-skin contact and breastfeeding, prevail those with old or less than 34 years (66.3%) and predominance of women who had five or more visits (95.9%) of surveillance of pregnancy. Conclusion - In view of these results and based on the available scientific evidence to recommend the skin-to-skin contact immediately after delivery and promotion of breastfeeding in the first hour of life, it is assumed as indispensable that professionals invest in their training and take an important role in the realization of this contact, stimulating and facilitating this practice, as well as conducting further scientific studies with contributions to the establishment and maintenance of this practice. Keywords: Contact skin-to-skin contact; feeding; first hour of life.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.19/3271

201201640

Idioma(s)

por

Direitos

embargoedAccess

Palavras-Chave #Aleitamento materno #Método canguru #Recém nascido #Revisão #Breast-feeding #Infant, newborn #Kangaroo-mother care method #Review #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Tipo

masterThesis