Obesidade enquanto metainflamação


Autoria(s): Carvalho, Miguel Ferreira da Silva Vasques de
Contribuinte(s)

Fonseca, Helena Regalo

Data(s)

18/07/2016

18/07/2016

2014

Resumo

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

A obesidade é hoje uma epidemia “civilizacional”. Acarreta graves consequências, quer pela significativa morbilidade e mortalidade a que está associada, quer pelos recursos económicos que são utilizados no seu controlo. Urge encontrar novas formas de intervenção, sendo que o aprofundar do conhecimento da sua fisiopatologia será sem dúvida fundamental. Muito há ainda por desvendar. Está ultrapassado o modelo simplista “maior ingestão do que consumo”, e o adipócito já não é visto como um “armazém calórico” passivo mas como célula endócrina e imunitária, com ampla capacidade de interacção com outras células, de modo parácrino e endócrino. Sobre a metainflamação do tecido adiposo, ocorreu nas últimas décadas uma grande expansão do conhecimento. Contudo, permanece por identificar o que desencadeia a resposta inflamatória inicial. Provavelmente a exposição crónica a nutrientes ultrapassa a capacidade do tecido adiposo de os metabolizar, induzindo disfunção adipocitária à escala organelar, que se traduz por um aumento de produção de adipocinas inflamatórias que convocam linfócitos, que desencadeiam sinergicamente com os adipócitos uma invasão macrofágica disfuncional, capaz de transformar a própria estrutura do tecido adiposo, processo conhecido como remodeling. Assim, para além das novas hipóteses terapêuticas, estão a abrir-se portas para novos métodos de estadiamento a obesidade, que reflictam de forma mais fidedigna o grau da perturbação inflamatória e que permitam uma intervenção clínica mais satisfatória.

Identificador

http://hdl.handle.net/10451/24407

Idioma(s)

por

Direitos

closedAccess

Palavras-Chave #Obesidade #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Tipo

masterThesis