Foucault e a filosofia
Data(s) |
03/07/2016
03/07/2016
01/11/2012
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Resumo |
Michel Foucault foi um leitor perseverante, embora sui generis, de Kant, e é essa apropriação que iremos analisar. Começaremos pela longa introdução que fez para a sua tradução de Anthropologie in pragmatischer Hinsicht, mostrando aí o insucesso da antropologia pragmática kantiana. Prosseguiremos com o estudo da Crítica kantiana em Les Mots et les Choses, condição que definiu a transição da episteme Clássica para a Moderna, autorizando no entanto, e simultaneamente, a constituição de uma nova metafísica fora das representações e constituindo uma filosofia obcecada pelo homem, ao reduzir o seu campo de saber às “empiricidades” da vida, da linguagem e do trabalho. Nietzsche virá em seu socorro oferecendo com o “desaparecimento do homem” a promessa do renascimento da filosofia. Finalmente, num terceiro ponto, pensaremos a maneira como Foucault se inscreve mais directamente na recepção kantiana, prolongando-a e renovando-a através do destaque que deu ao “diagnóstico da actualidade” e à “ontologia de nós mesmos”, em vez da “analítica da verdade”, bem como à axiologia da revolução; presentes nos textos que escreveu já na década de 80 sobre Was ist Aufklärung? e Der Streit der Facultäten, definindo aí muito da sua própria condição de pensador, público e privado. |
Identificador |
Gonçalves, Victor, " Foucault e a filosofia", Philosophica 40 (Novembro 2012): 125-141. 0872-4784 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Edições Colibri / Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa |
Relação |
http://revistaphilosophica.weebly.com/2012.html |
Direitos |
openAccess http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ |
Palavras-Chave | #Filosofia #Foucault #Antropologia #Aufklärung |
Tipo |
article |