O que é e para que serve a fundamentação da moral?
Data(s) |
03/07/2016
03/07/2016
01/04/2011
|
---|---|
Resumo |
Ponto de partida do artigo é a ideia de que a filosofia moral moderna está excessivamente centrada na questão da fundamentação absoluta da norma moral, o que contrasta com a ética antiga, virada para uma hermenêutica do bem e movida por motivações perfeccionistas do sujeito. Procede-se a uma análise crítica das razões deste esforço teórico de fundamentação. Uma razão essencial está no facto de a razão moderna interpretar a moralidade no sentido de uma pura racionalidade auto-referencial, ou seja como uma simples não-contradição. Não implicará a atitude moral, o “ser moral”, um elemento de “crença” (Nietzsche)? A partir desta questão é problematizada a adequação do ideal moderno (cartesiano) de “cientificidade” à racionalidade prática. Procede-se a uma análise crítica das fraquezas da mais recente versão de fundamentação, que se pretende “absoluta”, a de Karl-Otto Apel. São analisados, em seguida, projectos éticos de dois autores contemporâneos, Paul Ricœur e Robert Spaemann, que, apesar de afirmarem o “primado da ética” (Ricœur) de tipo teleológico, não prescindem de conferir algum sentido à questão, pós-cristã e moderna, da moralidade. A concluir, são avançados alguns elementos de resposta às questões enunciadas no título do artigo. |
Identificador |
Santos, José Manuel, "O que é e para que serve a fundamentação da moral?", Philosophica 37 (Abril 2011): 129-152. 0872-4784 |
Idioma(s) |
por |
Relação |
http://revistaphilosophica.weebly.com/2011.html |
Direitos |
openAccess http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ |
Palavras-Chave | #Filosofia #Paul Ricœur #Karl-Otto Apel #Robert Spaemann |
Tipo |
article |