Atitude expectante na pré-eclâmpsia moderada tardia


Autoria(s): Cano, Cláudia Gomes
Contribuinte(s)

Clode, Nuno

Data(s)

06/06/2016

06/06/2016

2014

Resumo

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

Background: In women with mild pre-eclampsia (PE), induction of labour beyond 37 weeks’ gestation reduces maternal complications without increased rates of neonatal complications. However the optimum management for those with mild pre-eclampsia at 34 to 37 weeks remains uncertain, as induction of labour in late pre-term pregnancy might increase neonatal morbidity and mortality compared with delivery at term. Objectives: To study maternal and neonatal outcomes of expectant management of mild PE and analyzing neonatal outcomes according to the gestational week of delivery. Methods: Retrospective study, including pregnant women with late mild PE hospitalized in Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital Santa Maria, between January of 2008 and June of 2013. Expectant monitoring was adopted, with induction of labour beyond 37 weeks’ gestation. Results: 66 women were included in the study and in 17 (25,8%) mild PE progressed to severe disease. Only in 4 (6%) women a severe outcome was registered. Fourteen neonates (20,6%) were admitted to Neonatal Intensive Care Unit but there was no significant difference in neonatal outcomes between the pre-term and term groups. Conclusion: Expectant management of late onset mild PE is associated with good maternal and neonatal outcomes although a significant number of patients progress to severe disease. The management of these women should be carried out in an inpatient basis in units with relevant maternal experience and appropriate neonatal intensive care resources.

Introdução: Embora a indução do parto a partir das 37 semanas, nas mulheres com pré-eclâmpsia (PE) moderada, se relacione com uma diminuição das complicações maternas, sem aumento de complicações neonatais, existem ainda dúvidas quanto à atitude adequada na PE moderada entre as 34 e as 37 semanas, já que tem sido verificado um aumento da morbilidade e mortalidade neonatal nos partos que ocorrem durante este período. Objetivos: Estudar os desfechos maternos e neonatais decorrentes da atitude expectante na PE moderada tardia e analisar os resultados neonatais de acordo com a idade gestacional do parto. Material e Métodos: Estudo retrospetivo, em que se avaliaram os desfechos materno-fetais, nas grávidas com o diagnóstico de PE moderada tardia, internadas no Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital Santa Maria, entre Janeiro de 2008 e Junho de 2013, nas quais se adotou uma atitude expectante até à 37ª semana de gestação, com indução do trabalho de parto a partir desta idade gestacional. Resultados: Foram incluídas no estudo 66 grávidas, tendo-se verificado um agravamento da PE moderada para PE grave em 17 (25,8%) gestações. Foi registada morbilidade materna em apenas 4 (6%) puérperas. Catorze (20,6%) recém-nascidos foram admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, mas não foram observadas diferenças significativas na incidência de complicações neonatais entre os recém-nascidos pré-termo e de termo. Discussão: A atitude expectante na PE moderada tardia está associada a bons resultados maternos e neonatais, embora um número significativo de gestações progrida para doença grave. Estas mulheres devem ser vigiadas em regime de internamento, num centro apropriado para o seguimento desta patologia materna e para a eventual necessidade de cuidados intensivos neonatais.

Identificador

http://hdl.handle.net/10451/23933

Idioma(s)

por

Direitos

closedAccess

Palavras-Chave #Obstetrícia #Ginecologia #Pré-eclâmpsia #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Tipo

masterThesis