Igreja N. Sra. da Santa Cruz dos Militares
Contribuinte(s) |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
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Data(s) |
27/06/2016
27/06/2016
27/06/2016
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Resumo |
O desenho do frontispício apresenta monumentalidade pela proporção dos cinco tramos no primeiro pavimento e três no segundo encimado por um triângulo frontão com uma cruz sobre o acrotério na parte central. A horizontalidade advém das duas volutas laterais sobre o entalhamento das portas que dão acesso aos corredores. O corpo da igreja tem uma porta central ladeada por nichos e o pórtico com colunas em pedra com capitéis jônicos são de mármore. Unindo a sacada e janelas do coro há quatro nichos para os santos evangelistas. Mestre Valentim que lá trabalhou entre 1805 a 1811, esculpiu dois deles em cedro: São Mateus e São João, recolhidos atualmente no Museu Histórico e Nacional. As quatro esculturas em mármore de Carrara nos atuais nichos são do escultor acadêmico Jean-Louis Despré, vindas da Itália em 1926. Internamente a surpresa está na alvura da ornamentação, com o mínimo de policromia e mesmo douramento, permitindo que a rica talha rococó se revele aos pouco a partir da capela-mor, obra de mestre Valentim. Na entrada, o arco ornamentado que sustenta o coro é surpreendente pelas guirlandas e buquês de flores que se adensam até quase a altura dos olhos emoldurando toda a nave com relevos simbólicos cristãos e maçônicos, típicos do Iluminismo. Sua lateral ocupa grande parte da Rua do Ouvidor e a fachada está a antiga Rua Direita, vias nevrálgicas da antiga capital tanto no período colonial como imperial. É exemplar raro que combina fachadismo romano, materiais nobres como madeira, granito e mármore. A solução como da pequena torre sineira nos fundos é a maneira de Braga em Portugal e as volutas na lateral para dar leveza à fachada é inspirada na igreja jesuítica de Gesù em Roma, projeto da planta de Giacomo Barozzi Vignola (1568) e a fachada de Giacomo della Porta (1571). A talha da capela-mor de mestre Valentim foi em grande parte refeita depois de um incêndio de 1923. Em 1853, Antônio de Pádua e Castro fez as tribunas sobre os corredores e preencheu espaços livres deixados por aquele mestre acrescentando painéis com as armas do Império e troféus militares. A antiga abóbada em madeira foi substituída em 1914 por outra em cimento armado . Tombamento: n° 14-T -89. |
Identificador | |
Idioma(s) |
pt_BR |
Palavras-Chave | #Barroco #Arquitetura barroca #Arte sacra #Igreja barroca |
Tipo |
Imagem Relatorio Tecnico |