Igreja de N. Sra.do Bonsucesso


Autoria(s): Ribeiro, Paulo
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

27/06/2016

27/06/2016

27/06/2016

Resumo

De exterior severo, lembra a fachada da igreja conventual de Santo Antônio com a torre sineira com arcos plenos e óculo no triângulo frontão retilíneo, duas janelas e portada setecentista em pedra de lioz. O corpo da igreja é destacado por cunhais de cantaria. O interior da nave retangular profunda é decorado com quatro altares incrustados nas paredes em estilo rococó tardio de 1818. A capela-mór é bem iluminada por uma cúpula com lanternim em madeira sobre o presbitério. O altar-mor se destaca ao fundo dos dois amplos arcos com colunas lisas arrematadas por capitéis jônicos. Na ampla sacristia há pinturas em bandeiras que saíam em procissões e execuções capitais bem como o crucifixo que acompanhou Tiradentes para o seu enforcamento em 1792. Na sacristia se encontram pinturas como Aparição de N.Sra. de 1639, N.Sra. da Conceição de 1664 entre outras além das Bandeiras da Misericórdia.

Esta devoção à N. S. do Bonsucesso está ligada à fatos milagrosos que a tornaram padroeira do Hospital da Santa Casa, antes chamado de N. S. da Misericórdia. Aquele templo era o mais antigo do Rio de Janeiro, fundado em 1580, por iniciativa do beato José de Anchieta. Situava-se no início da ladeira da Misericórdia por onde se subia ao morro do Castelo, local da fundação da cidade em 1562. O aspecto atual externo é de 1780 quando foi reconstruída e reformada internamente em 1840. Em seu interior se encontram os altares maneiristas da antiga igreja jesuítica datada do início do século XVII. Em 1922 quando se destruiu o morro do Castelo, os altares dedicados ao santos Inácio de Loiola e Francisco Xavier, além do altar-mor e púlpito da primeira igreja jesuítica, foram alí acolhidos. Mesmo deslocados, são conservados como as mais preciosas obras de arte do final do século XVI ou início do XVII em estilo maneirista atribuídas ao irmão carpinteiro Jorge Esteves. Estes retábulos feitos na madeira freijó ou louro amarelo, de origem amazônica, fez o urbanista e arquiteto Lúcio Costa, pensar que a madeira fora enviada a Portugal e lá executados os retábulos. Tombamento: n° 10-T-173.

Identificador

http://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/337924

Idioma(s)

pt_BR

Palavras-Chave #Barroco #Arquitetura barroca #Arte sacra #Igreja barroca
Tipo

Imagem

Relatorio Tecnico