IGREJA SEM FRONTEIRAS, FRONTEIRAS SEM IGREJA: Análise das Práticas Pastorais nas Igrejas Batistas da Região Leste da Cidade de São Paulo, num Contexto Urbano de Contrastes, de 1990 a 2000, na Perspectiva da Teologia Prática

A cidade se desenvolve a partir de um núcleo denominado centro, na direção de círculos periféricos. As populações instaladas nestas zonas de fronteiras vivenciam e estabelecem relações próprias com o espaço que ocupam e com o núcleo denominado centro. Em São Paulo, é plausível que se reconheça não há uma uniformidade na população urbana, mas populações urbanas, marcadas por características plurais e significativos contrastes entre si, inclusive nas manifestações de fenômenos religiosos.A zona leste da cidade de São Paulo é objeto da análise desta pesquisa apresentada em quatro capítulos, observada em seus diferentes aspectos, identificando-se inclusive, que há na própria região geográfica marcada como ZL, duas disposições, a saber: ZL 1 e ZL 2, que por si só evidenciam o contraste na zona de fronteira. O olhar específico para este espaço é delimitado pelo tempo, entre 1990-2000 e pela referência da pesquisa que se propõe identificar e analisar as Práticas Pastorais das Igrejas Batistas residentes nesta Zona. Na análise das Práticas Pastorais no viés da evangelização e expansão missionária, elabora-se a pesquisa especificamente sobre três comunidades, a saber: Primeira Igreja Batista da Penha, Igreja Batista em Vila Salete e Primeira Igreja Evangélica Batista em Guaianases.Parte-se não de um referencial externo à comunidade como instrumental de análise, mas suas respectivas propostas de Práticas Pastorais registradas em seus documentos oficiais como atas, anuários e informativos dominicais, os quais serviram como fonte documental. As fronteiras urbanas são, por natureza, inovadoras e caóticas, sendo exatamente por isso o espaço mais adequado para igrejas criarem e desenvolverem Práticas Pastorais próprias e conseqüentes, sem delimitadores à inovação de toda a ordem, configurando-se como Igreja sem Fronteiras. Em caso contrário à motivação inovadora, rompendo-se o diálogo e a vivência com o meio urbano fronteiriço, excluindo-se o ambiente de contraste que se oferece à igreja, dá-se a gênese ao vazio, à desesperança, a Fronteiras sem Igreja.(AU)

Cities develop around nucleuses called centers in the direction of circular peripheries. The populations that live and establish relationships in these frontier zones establish specific relationships with the space that they occupy and with the nucleus called the center. In São Paulo it is plausible that there does not exist uniformity in the urban population, but urban populations marked by pluralism and significant contrasts, including manifestations of religious phenomenon. The east zone of the city of São Paulo is the object of analysis of this research presented in four chapters. What is observed in this region are a variety of different aspects within the geographic region identified as ZL, including, more specifically, ZL1 and ZL 2, which demonstrate the contrasts that exist in this frontier region. The specific perspective on this space is delimited by time, between 1990 and 2000, and by the research reference that proposes to identify and analyze Pastoral Practices of Baptist Churches in this Zone. In the analysis of Pastoral Practices in terms of evangelization and missionary expansion, the research is specifically elaborated around three communities: The First Baptist Church of Penha, the Baptist Church in Vila Salete and the First Evangelical Baptist Church in Guaianases. The research is accomplished not by a referential external to the communities, but from the respective proposals of Pastoral Practices registered in official documents such as minutes, yearly reports and information from Sunday bulletins that serve as documental sources. Urban frontiers are, by nature, innovative and chaotic, and this is exactly the space for the creation and development of Pastoral Practices in churches within this context. In this sense, these churches are not limited in terms of innovation, and may be understood as Churches without Borders. Without such flexibility these churches would not be able to enter into dialog with this urban frontier, and would be excluded from the environment of contrasts in such a way that would generate the vacuum, despair, of a Frontier without a Church.(AU)

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior