Tratamento percutâneo vs. cirúrgico da persistência do canal arterial em crianças e adolescentes


Autoria(s): Costa, Rodrigo Nieckel da; Pereira, Fabrício Leite; Ribeiro, Marcelo Silva; Pedra, Simone R. F.; Succi, Fabiana; Marques, Patrícia; Jatene, Marcelo B.; Fontes, Valmir Fernandes; Pedra, Carlos Augusto Cardoso
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

04/11/2013

04/11/2013

2012

Resumo

INTRODUÇÃO: Estudos comparando os métodos percutâneo e cirúrgico no tratamento da persistência do canal arterial (PCA) são raros na literatura. Nosso objetivo foi realizar análise comparativa entre os dois métodos de tratamento da PCA, enfatizando os aspectos de eficácia e morbidade. MÉTODOS: Estudo observacional com 2 coortes de crianças e adolescentes > 5 kg e < 14 anos, portadores de PCA, tratados durante um projeto de avaliação de incorporação de novas tecnologias ao Sistema Único de Saúde (SUS), realizado em um hospital cardiológico de excelência, em parceria com o Ministério da Saúde do Brasil. Foi feita análise prospectiva no grupo percutâneo entre 2009 e 2011 e retrospectiva no grupo cirúrgico entre 2006 e 2011. RESULTADOS: Foram incluídos 80 pacientes no grupo percutâneo (60% do sexo feminino) e 39 no grupo cirúrgico (51% do sexo feminino; P = 0,37). A mediana de idade e de peso dos grupos percutâneo e cirúrgico foi de 39,4 meses vs. 25,5 meses (P = 0,04) e de 14 kg vs. 11,1 kg (P = 0,052), respectivamente. No grupo percutâneo, 78 pacientes (92%) tinham PCA do tipo A e o diâmetro mínimo do canal à angiografia foi de 2,5 ± 1,2 mm. As próteses mais utilizadas foram Amplatzer®, molas de Gianturco e CeraTM. A técnica cirúrgica mais utilizada foi a clipagem. A taxa de sucesso dos procedimentos foi de 100% nos dois grupos. O grupo cirúrgico apresentou maiores taxas de complicação, incluindo quilotórax, infecções, necessidade de hemoderivados, hipertensão arterial sistêmica e uso de opioides, como também maior necessidade de terapia intensiva. A mediana do tempo de internação foi de 1,3 dia no grupo percutâneo e de 7,9 dias no grupo cirúrgico (P < 0,01). À alta hospitalar, as taxas de oclusão foram semelhantes nos dois grupos (91% no grupo percutâneo e 87% no grupo cirúrgico; P = 0,71). CONCLUSÕES: Em decorrência da menor morbidade, do menor tempo de internação e da igual eficácia, o tratamento percutâneo da PCA deve ser considerado a modalidade terapêutica de escolha para pacientes selecionados.

Identificador

Rev. Bras. Cardiol. Invasiva,v.20,n.3,p.315-323,2012

2179-8397

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/40777

10.1590/S2179-83972012000300016

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972012000300016&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2179-83972012000300016&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S2179-83972012000300016&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Idioma(s)

por

Publicador

Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI

Relação

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Permeabilidade do canal arterial #Cardiopatias congênitas #Cirurgia #Cateterismo cardíaco #Próteses e implantes #Ductus arteriosus, patent #Heart defects, congenital #Surgery #Heart catheterization #Prostheses and implants
Tipo

article

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