É possível diferenciar derrames pleurais linfocíticos secundários a tuberculose ou linfoma através de variáveis clínicas e laboratoriais?


Autoria(s): Antonangelo, Leila; Vargas, Francisco Suso; Genofre, Eduardo Henrique; Oliveira, Caroline Maris Neves de; Teixeira, Lisete Ribeiro; Sales, Roberta Karla Barbosa de
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

04/11/2013

04/11/2013

2012

Resumo

OBJETIVO: Descrever características clínicas e laboratoriais em pacientes com derrames pleurais linfocíticos secundários a tuberculose ou linfoma, a fim de identificar as variáveis que possam contribuir no diagnóstico diferencial dessas doenças. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 159 pacientes adultos HIV negativos com derrame pleural linfocítico secundário a tuberculose ou linfoma (130 e 29 pacientes, respectivamente) tratados no Ambulatório da Pleura, Instituto do Coração, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo (SP), entre outubro de 2008 e março de 2010. RESULTADOS: A média de idade e de duração dos sintomas foi menor no grupo tuberculose que no grupo linfoma. Os níveis pleurais de proteínas, albumina, colesterol, amilase e adenosina desaminase (ADA), assim como os níveis séricos de proteínas, albumina e amilase, foram maiores no grupo tuberculose, enquanto os níveis séricos de colesterol e triglicérides foram maiores no grupo linfoma. As contagens de leucócitos e linfócitos no líquido pleural foram maiores no grupo tuberculose. Células malignas estavam ausentes no grupo tuberculose, entretanto, linfócitos atípicos foram observados em 4 desses pacientes. No grupo linfoma, a citologia para células neoplásicas foi positiva, suspeita e negativa em 51,8%, 24,1% e 24,1% dos pacientes, respectivamente. A imunofenotipagem do líquido pleural foi conclusiva na maioria dos pacientes com linfoma. CONCLUSÕES: Nossos resultados demonstram semelhanças clínicas e laboratoriais entre os pacientes com tuberculose ou linfoma. Embora os níveis de proteínas e ADA no líquido pleural tendam a ser mais elevados no grupo tuberculose que no grupo linfoma, mesmo essas variáveis mostraram uma sobreposição. Entretanto, nenhum paciente com tuberculose apresentou níveis de ADA no líquido pleural inferiores ao ponto de corte (40 U/L).

Identificador

J. bras. pneumol.,v.38,n.2,p.181-187,2012

1806-3713

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/40280

10.1590/S1806-37132012000200006

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132012000200006&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1806-37132012000200006&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S1806-37132012000200006&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Idioma(s)

por

Publicador

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

Relação

Jornal Brasileiro de Pneumologia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Derrame pleural #Tuberculose #Linfoma #Adenosina desaminase #Diagnóstico diferencial #Pleural effusion #Tuberculosis #Lymphoma #Adenosine deaminase #Diagnosis, differential
Tipo

article

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