A presença de agentes intermediadores na formação de redes interorganizacionais: uma análise sob a perspectiva temporal


Autoria(s): Cunha, Julio Araujo Carneiro da; Passador, João Luiz; Passador, Claudia Souza
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

04/11/2013

04/11/2013

2012

Resumo

Nos estudos sobre redes interorganizacionais, existem esforços focados em entender a formação de redes, assunto esse que gera interesse dos formuladores de políticas públicas já que se busca no associativismo promovido pelo Estado e pelas iniciativas privadas, substância para impulsionar o desenvolvimento local. Diante disso, o objetivo do estudo foi verificar, por meio da formalização do Arranjo Produtivo Local (APL) de calçados de Birigüi (SP), se a presença desses agentes é essencial para a formação da rede interorganizacional. Como sustentações teóricas foram abordadas: a evolução temporal das redes; a Teoria Institucional aplicada às redes interorganizacionais; o capital social presente nos laços de relacionamento; a presença de agentes intermediários como coordenadores na governança das redes. A estratégia de pesquisa adotada baseou-se em entrevistas com 32% dos gestores das empresas que participavam formalmente do APL e com uma gestora do agente intermediador, além de observação e análises de pesquisas prévias sobre a industrialização de Birigüi. Como resultados verificou-se haver um legado regional que sustenta uma base de know-how para a industrialização de calçados. No entanto, percebeu-se que os interesses dos participantes do APL eram predominantemente comerciais, sem haver um nível de capital social e de institucionalização desenvolvidos a ponto de se criarem, de forma legítima, associações provenientes de vontades das próprias organizações. Sem esse ambiente institucional fortemente construído na região, não se verificou um racional claro para o associativismo, havendo a percepção de que os ganhos oriundos da participação na rede são futuros. Concluiu-se que a coordenação realizada por um agente intermediador tem poder de articulação limitado na formação de redes interorganizacionais se não existir uma institucionalização prévia que envolva, principalmente, valores e normas de capital social. Sem esses pré-requisitos, o agente intermediador pode acabar por ter funções de governança para ações assessórias da rede.

Identificador

Cad. EBAPE.BR,v.10,n.1,p.108-128,2012

1679-3951

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/40201

10.1590/S1679-39512012000100008

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512012000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1679-39512012000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S1679-39512012000100008&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Idioma(s)

por

Publicador

Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas

Relação

Cadernos EBAPE.BR

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Agentes intermediadores #Redes interorganizacionais #APL #Governança de redes #Intermediate agents #Interorganizational networks #Cluster #Network governance
Tipo

article

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