Efeito direto e interativo do período de avaliação sobre a orientação temporal dos gestores


Autoria(s): Aguiar, Andson Braga de; Frezatti, Fabio
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

04/11/2013

04/11/2013

01/01/2013

Resumo

O objetivo neste estudo é investigar o efeito direto e interativo do período de avaliação sobre a orientação temporal dos gestores (OTG), isto é, o horizonte de tempo entre o momento de alocação de recursos e o momento do impacto financeiro dessa alocação. Tendo por base a literatura contábil e econômica, são examinadas as seguintes hipóteses: um período de avaliação mais de longo prazo afeta positivamente a OTG e o efeito positivo de um período de avaliação mais de longo prazo sobre a OTG é maior no caso de maior importância atribuída a medidas não financeiras do que a medidas financeiras de desempenho. Aplica-se a técnica estatística de mínimos quadrados parciais (PLS) para testar as hipóteses deste estudo, sendo os dados coletados por meio de um levantamento realizado junto a 66 gestores de nível intermediário que atuam em 11 empresas. Os resultados sugerem que o período de avaliação não possui efeitos diretos sobre a OTG; no entanto, quando considerada sua interação com a medida de desempenho, os resultados indicam que o efeito do período de avaliação sobre a OTG depende da importância relativa de medidas financeiras versus não financeiras. A principal implicação desses resultados é que o uso de um período de avaliação de longo prazo em combinação com um peso maior atribuído a medidas não financeiras de desempenho não afeta positivamente a OTG; ao contrário, esse efeito positivo sobre a OTG está presente quando um período de avaliação de curto prazo está associado a menor importância de medidas não financeiras de desempenho.

El objetivo en este estudio es investigar el efecto directo e interactivo del periodo de evaluación en la orientación de tiempo de gestión (OTG), es decir, el horizonte temporal entre el momento de la asignación de recursos y el tiempo de sus efectos financieros. Con base en la literatura contable y sobre economía, se examinan las siguientes hipótesis: i) un periodo de evaluación más largo afecta positivamente la OTG, y ii) el efecto positivo de un periodo de evaluación más largo sobre la OTG es mayor en el caso de que se atribuya una mayor importancia a medidas no financieras que a medidas financieras de desempeño. Para probar las hipótesis de este estudio, se aplica la técnica estadística de mínimos cuadrados parciales a los datos recopilados por medio de una encuesta realizada con 66 gerentes de nivel medio que actúan en 11 organizaciones. Los resultados sugieren que el periodo de evaluación no produce efectos directos sobre la OTG; sin embargo, cuando se tiene en cuenta su interacción con la medida de desempeño, los resultados indican que el efecto del periodo de evaluación sobre la OTG depende de la importancia relativa de las medidas financieras contra las no financieras. La principal implicación de estos resultados es que el uso de un periodo de evaluación de largo plazo, junto con una mayor importancia atribuida a medidas no financieras de desempeño, no afectan de manera positiva la OTG; por el contrario, ese efecto positivo sobre la OTG se presenta cuando un corto periodo de evaluación está asociado con una menor importancia de las medidas no financieras de desempeño.

The aim of this paper is to investigate the direct and interactive effect of evaluation periods on managerial time orientation (MTO), the time horizon between resource allocation and its financial effect. Based on accounting and economics literature, we examine the following hypotheses: i) a longer evaluation period positively affects MTO; and ii) the positive effect of a longer evaluation period on MTO is higher in cases where nonfinancial measurements are given greater relative importance than financial measurements. Based on partial least-squares analysis, we test the hypothesis using survey data from 66 middle-level managers in 11 organizations. Our results suggest that the evaluation period does not have a direct effect on MTO; however, by considering its interaction with performance measurement, the results indicate that the effect of the evaluation period on MTO depends on the relative importance of financial versus nonfinancial measurements. The main implication of these results is that the use of a longer evaluation period, along with greater importance of nonfinancial measurements, does not positively affect MTO; on the contrary, this positive effect on MTO is present when a shorter evaluation period is associated with a lower importance of nonfinancial measurements.

Identificador

Revista de Administração, São Paulo, v.48, n.1, p.67-79, jan./mar. 2013

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/40768

10.5700/rausp1074

http://www.scielo.br/pdf/rausp/v48n1/06.pdf

http://dx.doi.org/10.5700/rausp1074

Idioma(s)

por

Publicador

Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo

São Paulo

Relação

Revista de Administração

Direitos

openAccess

Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo

Palavras-Chave #período de avaliação #medidas de desempenho #orientação temporal dos gestores #evaluation period #performance measurements #managerial time orientation #periodo de evaluación #medidas de desempeño #orientación de tiempo de gestión #Contabilidade Gerencial #Avaliação de Desempenho #Mínimos quadrados
Tipo

article

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