Oócitos aparentemente maduros injetados em telófase I apresentam piores resultados de reprodução assistida


Autoria(s): Dib, Luciana Azôr; Araújo, Maria Cristina Picinato Medeiros de; Giorgenon, Roberta Cristina; Ferriani, Rui Alberto; Navarro, Paula Andrea de Albuquerque Sales
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

04/11/2013

04/11/2013

2012

Resumo

OBJETIVO: Avaliar o estágio de maturação nuclear de oócitos com o primeiro corpúsculo polar (CP) visível de pacientes inférteis submetidas à estimulação ovariana para injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) e comparar os resultados da injeção intracitoplasmática de espermatozoide entre os oócitos em telófase I (TI) e metáfase II (MII), e entre aqueles em metáfase II com e sem fuso celular visível. MÉTODOS: Estudo prospectivo que incluiu 106 pacientes inférteis submetidas à injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Foram incluídas pacientes com idade menor ou igual a 38 anos, hormônio folículo estimulante (FSH) basal menor que 10 mIU/mL e índice de massa corpórea (IMC) menor que 30 kg/m². Foram excluídas pacientes com doenças sistêmicas, com qualquer infecção ativa, tabagistas ou que fizeram uso de medicações hormonais e anti-inflamatórias hormonais e não hormonais nos últimos dois meses, previamente à programação para o procedimento de reprodução assistida. Os oócitos com extrusão do primeiro corpúsculo polar foram avaliados pela microscopia de polarização, imediatamente antes da realização da injeção intracitoplasmática de espermatozoide, e caracterizados quanto ao estágio de maturação nuclear (telófase I ou metáfase II). Os oócitos em metáfase II foram avaliados de acordo com a presença ou não do fuso meiótico. Foram analisadas as taxas de fertilização, clivagem e o número de embriões de boa qualidade no segundo dia (D2) de desenvolvimento. Os dados foram analisados comparativamente através do teste exato de Fisher. Em todas as análises foi considerado o nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: O fuso meiótico de 516 oócitos foi visualizado através da microscopia de polarização. Dezessete dos 516 oócitos avaliados estavam em telófase I (3,3%) e 499 (96,7%) em metáfase II. Os oócitos injetados em telófase I apresentaram taxas de fertilização significativamente menores do que os injetados em metáfase II (53 e 78%, respectivamente) e não produziram nenhum embrião de boa qualidade no segundo dia. Comparando-se os oócitos com e sem fuso celular visível, não foi observada diferença significativa nos resultados de injeção intracitoplasmática de espermatozoide. CONCLUSÕES: Oócitos injetados em telófase I apresentaram menores taxas de fertilização quando comparados aos em metáfase II. É possível que a análise do estágio de maturação nuclear oocitária, por meio da microscopia de polarização, possa ser utilizada como fator de predição das taxas de fertilização pós-injeção intracitoplasmática de espermatozoide.

Identificador

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.,v.34,n.5,p.203-208,2012

0100-7203

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/38680

10.1590/S0100-72032012000500003

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032012000500003&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-72032012000500003&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0100-72032012000500003&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Idioma(s)

por

Publicador

Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia

Relação

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Endometriose #Indução da ovulação #Injeções de esperma intracitoplásmicas #Metáfase #Microscopia de polarização #Oócitos #Técnicas de maturação in vitro de oócitos #Telófase #Endometriosis #Ovulation induction #Sperm injections, intracytoplasmic #Metaphase #Microscopy, polarization #Oocytes #In Vitro Oocyte Maturation Techniques #Telophase
Tipo

article

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