Efeito da penicilina G a cada três semanas sobre o surgimento de Streptococcus viridans resistentes à penicilina na microflora oral


Autoria(s): Aguiar, Andre Andrade de; Sampaio, Roney Orismar; Mello Sampaio, Jorge Luiz de; Spina, Guilherme Sobreira; Neves, Ricardo Simoes; Pinho Moreira, Luiz Felipe; Grinberg, Max
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

14/10/2013

14/10/2013

2012

Resumo

FUNDAMENTO: Penicilina G benzatina a cada 3 semanas é o protocolo padrão para a profilaxia secundária para febre reumática recorrente. OBJETIVO: Avaliar o efeito da penicilina G benzatina em Streptococcus sanguinis e Streptococcus oralis em pacientes com doença valvular cardíaca, devido à febre reumática com recebimento de profilaxia secundária. MÉTODOS: Estreptococos orais foram avaliados antes (momento basal) e após 7 dias (7º dia) iniciando-se com penicilina G benzatina em 100 pacientes que receberam profilaxia secundária da febre reumática. Amostras de saliva foram avaliadas para verificar a contagem de colônias e presença de S. sanguinis e S. oralis. Amostras de saliva estimulada pela mastigação foram serialmente diluídas e semeadas em placas sobre agar-sangue de ovelhas seletivo e não seletivo a 5% contendo penicilina G. A identificação da espécie foi realizada com testes bioquímicos convencionais. Concentrações inibitórias mínimas foram determinadas com o Etest. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatísticas da presença de S. sanguinis comparando-se o momento basal e o 7º dia (p = 0,62). No entanto, o número existente de culturas positivas de S. oralis no 7º dia após a Penicilina G benzatina apresentou um aumento significativo em relação ao valor basal (p = 0,04). Não houve diferença estatística existente entre o momento basal e o 7º dia sobre o número de S. sanguinis ou S. oralis UFC/mL e concentrações inibitórias medianas. CONCLUSÃO: O presente estudo mostrou que a Penicilina G benzatina a cada 3 semanas não alterou a colonização por S. sanguinis, mas aumentou a colonização de S. oralis no 7º dia de administração. Portanto, a susceptibilidade do Streptococcus sanguinis e Streptococcus oralis à penicilina G não foi modificada durante a rotina de profilaxia secundária da febre reumática utilizando a penicilina G.

Background: Benzathine penicillin G every 3 weeks is the standard protocol for secondary prophylaxis for recurrent rheumatic fever. Objective: Assess the effect of Benzathine penicillin G on Streptococcus sanguinis and in patients with cardiac valvular disease due to rheumatic fever receiving secondary prophylaxis. Methods: Oral streptococci were evaluated before (baseline) and 7 days (day 7) after Benzathine penicillin G in 100 patients receiving routine secondary rheumatic fever prophylaxis. Saliva samples were evaluated for colony count and presence of S. sanguinis and S. oralis. Chewing-stimulated saliva samples were serially diluted and plated onto both nonselective and selective 5% sheep blood agar containing penicillin G. The species were identified using conventional biochemical tests. Minimal inhibitory concentrations were determined with the Etest. Results: No statistical differences were found in the presence of S. sanguinis comparing baseline and day 7 (p = 0.62). However, the existing number of positive cultures of S. oralis on day 7 after Benzathine penicillin G presented a significant increase compared to baseline (p = 0.04). No statistical difference was found between baseline and day 7 concerning the number of S. sanguinis or S. oralis CFU/mL and median minimal inhibitory concentrations. Conclusion: This study showed that Benzathine penicillin G every 3 weeks did not change the colonization by S. sanguinis, but increased colonization of S. oralis on day 7 of administration. Therefore, susceptibility of Streptococcus sanguinis and Streptococcus oralis to penicillin G was not modified during the penicillin G routine secondary rheumatic fever prophylaxis.

FAPESP

CNPq

Instituto Fleury

Identificador

ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA, RIO DE JANEIRO, v. 98, n. 5, pp. 452-457, MAY, 2012

0066-782X

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/35073

10.1590/S0066-782X2012005000038 

http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2012005000038 

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eng

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RIO DE JANEIRO

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Palavras-Chave #PENICILIN G BENZATHINE/THERAPEUTIC USE #RHEUMATIC FEVER #HEART VALVE DISEASES #MOUTH #VIRIDANS STREPTOCOCCUS #STREPTOCOCCUS ORALIS #RHEUMATIC-FEVER #SECONDARY PROPHYLAXIS #MUTANS #ENDOCARDITIS #PREVENTION #DISEASE #COUNTS #CAVITY #SALIVA #MEDIA #CARDIAC & CARDIOVASCULAR SYSTEMS
Tipo

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